A Importância dos Hormônios para a Libido: O que um Endocrinologista Tem a Dizer
Os hormônios têm um papel fundamental no nosso corpo, influenciando tudo, desde o peso até o humor. Mas, quando se trata de libido, esses compostos químicos poderosos podem ser verdadeiros protagonistas — tanto para o bem quanto para o mal. Flutuações hormonais podem desencadear mudanças inesperadas, como ganho de peso, queda de cabelo e até unhas quebradiças, mas talvez um dos impactos mais notáveis seja na nossa libido, ou desejo sexual.
A libido reflete nossa energia e interesse por relações íntimas e pode variar significativamente. Quando baixa, pode ser sinal de que algo não está equilibrado no corpo, afetado por fatores físicos, emocionais ou psicológicos. Já quando está alta, sugere uma saúde emocional e física mais vigorosa.
Embora alguns possam subestimar a importância da sexualidade, é inegável que a atividade sexual contribui positivamente para a saúde. O sexo fortalece o sistema imunológico, melhora a circulação sanguínea, reduz o estresse e eleva o humor. Esses benefícios mostram que a intimidade é mais do que um simples ato: é uma chave para o bem-estar. Então, por que abrir mão de algo que tem tantos efeitos positivos?
Se você notou uma queda na libido ou percebe que o desejo parece ter se dissipado, o endocrinologista sugere que você preste atenção a alguns hormônios específicos que podem estar desequilibrados:
Cortisol: Conhecido como o hormônio do estresse, o cortisol pode literalmente "matar" a libido. Se você sente que está sem vontade após um dia estressante, isso é natural. Diminuir os níveis de cortisol é essencial para recuperar o desejo.
Testosterona: Esse hormônio é vital tanto para homens quanto para mulheres, mas é muito sensível. O estresse, o excesso de peso e a falta de exercícios podem reduzi-lo, mas exagerar no esporte também pode ter o mesmo efeito. Quando a testosterona está baixa, o desejo sexual geralmente segue o mesmo caminho.
Estradiol: O hormônio responsável pela feminilidade e pela lubrificação durante o sexo. Quando os níveis estão baixos, surgem dores, microtraumas e o afinamento das mucosas, tornando as relações desconfortáveis.
DHEA: Este é o “anti-cortisol”, um hormônio que combate o estresse e que, além disso, também impulsiona o desejo sexual.
Oxitocina: A famosa “molécula do amor” tem um papel importante na intimidade emocional. Quando há deficiência de oxitocina, pode surgir uma sensação de distanciamento do parceiro, aumentando a ansiedade e dificultando o prazer.
A mensagem é clara: não negligencie sua libido. Se você sente que algo não está certo, consultar um especialista e fazer os exames necessários pode ser a chave para restaurar uma vida sexual plena e satisfatória. Afinal, desfrutar de momentos íntimos é, acima de tudo, uma celebração do bem-estar físico e emocional.