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Publicado por: Feed News
17/10/2024 11:31 AM
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Cortesia Editorial Arquivo
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O Sistema Glinfático: A Chave para Entender Doenças Neurodegenerativas?

 

Novas descobertas sobre o Alzheimer e o funcionamento do cérebro têm revelado informações fascinantes sobre como nosso sistema neurológico lida com resíduos. Pesquisas recentes mostram que durante o sono, uma onda lenta de eletricidade percorre o cérebro, empurrando resíduos, especialmente proteínas, das regiões mais profundas para a superfície. Esses resíduos são então transportados por meio de canais especializados através de uma barreira que separa o cérebro do restante do corpo.

 

O sistema responsável por essa "limpeza" é o sistema glinfático, que funciona de maneira semelhante ao sistema linfático, mas é exclusivo do cérebro. Ele remove substâncias como dióxido de carbono, proteínas danificadas e células mortas, resíduos resultantes dos processos metabólicos normais.

 

Cientistas, como Dr. Jonathan Kipnis, descobriram que quando esse sistema de eliminação falha, seja por envelhecimento, lesões cerebrais ou estresse crônico, os resíduos se acumulam, causando inflamação e contribuindo para distúrbios degenerativos, como o Alzheimer. O líquido cefalorraquidiano, responsável por ajudar a expulsar esses resíduos, flui de forma mais eficaz durante o sono, especialmente quando os neurônios entram em sincronia rítmica, criando uma pressão que facilita a eliminação dos detritos cerebrais.

 

Outro estudo, conduzido pelo Dr. Li-Feng Jiang-Xie, sugere que os neurônios funcionam como pequenas bombas, auxiliando no fluxo do líquido cefalorraquidiano para garantir uma limpeza eficiente. Essa pesquisa levanta a esperança de que, se aprendermos a controlar e melhorar esse processo, poderemos retardar ou prevenir doenças neurodegenerativas, como Alzheimer e Parkinson, que estão diretamente relacionadas ao acúmulo de proteínas tóxicas no cérebro.

 

À medida que envelhecemos, o sistema glinfático se torna menos eficiente, resultando no acúmulo de proteínas como amiloides e tau, que estão associadas à perda de memória e ao declínio cognitivo. Além disso, padrões de sono inadequados também podem comprometer o processo de eliminação de resíduos, agravando o risco de doenças neurodegenerativas. Por isso, o sono de qualidade é essencial para manter a saúde cerebral e evitar o acúmulo de substâncias prejudiciais ao longo da vida.

 

O tratamento e estudo do Alzheimer e outras doenças neurodegenerativas envolvem várias especialidades médicas, cada uma com um papel fundamental na identificação, acompanhamento e manejo desses transtornos. Entre as especialidades mais envolvidas estão:

Neurologia: A principal especialidade médica envolvida. Neurologistas são especialistas em doenças que afetam o cérebro e o sistema nervoso. Eles são responsáveis pelo diagnóstico, acompanhamento e manejo de condições como Alzheimer, Parkinson e outras doenças neurodegenerativas.

Psiquiatria: Psiquiatras podem estar envolvidos no tratamento de pacientes com Alzheimer, especialmente para lidar com sintomas comportamentais e psicológicos associados, como depressão, ansiedade, agitação e mudanças de personalidade.

Geriatria: Especialistas em geriatria cuidam da saúde de idosos e frequentemente estão envolvidos no diagnóstico e tratamento de demências, como o Alzheimer. Eles ajudam a gerir as múltiplas comorbidades comuns em pacientes mais velhos.

Neuropsicologia: Neuropsicólogos realizam avaliações cognitivas e funcionais, auxiliando no diagnóstico de comprometimentos cognitivos e no monitoramento da progressão da doença, além de sugerirem estratégias para melhorar a qualidade de vida do paciente.

Medicina do Sono: Uma vez que distúrbios do sono estão ligados ao acúmulo de resíduos no cérebro e à progressão de doenças como o Alzheimer, médicos especializados em medicina do sono podem intervir para melhorar a qualidade do sono, crucial para a saúde cerebral.

Medicina de Família: Muitas vezes, médicos de família estão na linha de frente no acompanhamento contínuo de pacientes com Alzheimer e podem ajudar na coordenação de cuidados com especialistas e no suporte a familiares.

 

Essas especialidades frequentemente trabalham em conjunto para oferecer uma abordagem multidisciplinar no cuidado de pessoas com Alzheimer, ajudando tanto no tratamento dos sintomas quanto no apoio aos cuidadores e à família.

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