Riscos de Morte durante a Ressonância Magnética: O que Você Precisa Saber

Publicado por: Feed News
27/10/2024 15:19:20
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Cortesia Editorial Pixabay
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Morte durante exame de ressonância magnética: entenda os riscos e circunstâncias


Recentemente, um empresário de 42 anos faleceu enquanto realizava um exame de ressonância magnética para investigar uma sonolência persistente que estava prejudicando sua rotina. O caso ocorreu em uma clínica na cidade de Santos, litoral de São Paulo. Inicialmente, os familiares foram informados por uma médica que o paciente havia sofrido um infarto fulminante durante o exame. No entanto, o Serviço de Verificação de Óbito (SVO) classificou a morte como "suspeita", levantando questões sobre os riscos associados a esse tipo de procedimento. Este artigo busca esclarecer as circunstâncias em que eventos fatais podem ou não ocorrer durante exames de imagem como a ressonância magnética ou a tomografia computadorizada.

 

1. Riscos associados à ressonância magnética
A ressonância magnética (RM) é um exame que utiliza um campo magnético poderoso e ondas de rádio para criar imagens detalhadas do interior do corpo, sem o uso de radiação ionizante. Em geral, é um exame seguro, mas alguns riscos estão associados a ele:

Implantes metálicos: Pacientes com marcapassos, desfibriladores ou outros dispositivos metálicos implantados podem sofrer interferência eletromagnética durante a RM, que pode resultar em complicações graves.
Claustrofobia: Algumas pessoas experimentam ansiedade ou pânico dentro do aparelho de ressonância, já que o exame é realizado em um espaço fechado. Isso pode causar aumento da pressão arterial e estresse emocional, potencialmente agravando condições cardíacas preexistentes.
Reações adversas ao contraste: Em alguns casos, um agente de contraste é utilizado para melhorar a visualização das imagens. Reações alérgicas a esses agentes podem variar de leves a graves, embora sejam raras.

 


2. Fatores que podem levar a uma morte súbita durante o exame
Embora mortes durante a ressonância magnética sejam extremamente raras, algumas circunstâncias podem potencialmente resultar em desfechos fatais:

Condições cardíacas subjacentes: Pacientes com problemas cardíacos não diagnosticados, como doença arterial coronariana ou anomalias cardíacas, podem sofrer infarto durante momentos de estresse, incluindo exames médicos. A RM em si não provoca infarto, mas a ansiedade associada ao procedimento pode agir como um fator desencadeante.
Interação com medicamentos: Pacientes sob efeito de sedativos ou outros medicamentos que afetam a frequência cardíaca e a pressão arterial devem ser cuidadosamente monitorados, especialmente se houver algum risco de interação negativa.
Complicações respiratórias: Em pessoas com condições respiratórias crônicas, a posição e o tempo prolongado dentro do aparelho podem causar desconforto ou exacerbação da condição respiratória, especialmente em casos de sedação inadequada ou manejo incorreto das vias aéreas.

 


3. Tomografia computadorizada (TC) e seus riscos
A tomografia computadorizada é um exame que utiliza radiação ionizante para criar imagens do corpo. É um exame relativamente rápido e, em geral, seguro. No entanto, também pode apresentar riscos:

Radiação: Embora a dose de radiação seja baixa, a exposição repetida pode aumentar o risco de câncer a longo prazo. A radiação, por si só, não é um risco de morte súbita.
Uso de contraste: Assim como na RM, a TC pode requerer o uso de contraste iodado, que pode desencadear reações alérgicas.

 


4. Mortes classificadas como "suspeitas"
Quando um caso é classificado como "morte suspeita" pelo SVO, é um indicativo de que as causas não estão claramente determinadas e precisam de investigação mais aprofundada. Isso pode incluir a realização de autópsia e exames toxicológicos para verificar se houve algum fator externo, como medicações ou substâncias desconhecidas, que possam ter contribuído para o evento fatal.

 

5. Prevenção e segurança em exames de imagem
Para minimizar riscos durante exames como a RM e a TC, são adotadas diversas medidas de segurança:

Avaliação prévia detalhada: O histórico médico do paciente deve ser avaliado cuidadosamente antes do exame, especialmente no que diz respeito a condições cardíacas, implantes metálicos e alergias.
Monitoramento contínuo: Durante a ressonância magnética, pacientes de alto risco podem ser monitorados continuamente para sinais de complicações.
Treinamento de equipe: Equipes médicas devem estar treinadas para responder rapidamente a qualquer emergência que possa surgir durante o exame.

 


Concluímos que a morte durante um exame de ressonância magnética é extremamente rara e, quando ocorre, geralmente está associada a condições subjacentes do paciente ou complicações inesperadas. O caso do empresário de Santos, ainda em investigação, reforça a importância de protocolos de segurança rigorosos e avaliações clínicas completas antes da realização de procedimentos médicos, para garantir o bem-estar e a segurança dos pacientes.