Mulheres em Risco: A Verdade sobre as Doenças Cardíacas Femininas

Publicado por: Feed News
22/10/2024 01:20 PM
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Ilustração/Cortesia Editorial Arquivo
Ilustração/Cortesia Editorial Arquivo

Alerta: Mulheres Estão Mais Vulneráveis às Doenças Cardíacas


As doenças cardiovasculares continuam sendo a principal causa de morte entre as mulheres no mundo, um dado alarmante que exige atenção e ação imediata. No entanto, existe um obstáculo preocupante no enfrentamento deste problema: a falta de consideração das diferenças de sexo e gênero na medicina, o que coloca a vida das mulheres em risco ainda maior. The Conversation também escreve sobre isso.

 

Diferenças Subestimadas, Riscos Elevados
Ao contrário do que muitos imaginam, as doenças cardíacas não afetam homens e mulheres da mesma forma. Elas se desenvolvem e se manifestam de maneiras distintas, influenciadas por fatores biológicos, hormonais e comportamentais. Por exemplo, enquanto os homens geralmente apresentam dores intensas no peito como um dos principais sintomas de infarto, as mulheres podem experimentar sinais mais sutis, como falta de ar, cansaço extremo, náuseas ou dor nas costas e mandíbula. Esses sintomas podem ser facilmente subestimados ou confundidos com outras condições, atrasando o diagnóstico e o tratamento.

 

Estudos Médicos com Falhas
Um dos principais motivos dessa discrepância na saúde cardíaca das mulheres é que as diretrizes médicas, incluindo protocolos de diagnóstico e tratamento, são muitas vezes baseadas em estudos que excluíram mulheres ou incluíram um número insuficiente delas para representar a realidade feminina. Historicamente, a pesquisa cardiovascular foi majoritariamente conduzida em homens, sob a suposição equivocada de que os resultados seriam igualmente aplicáveis às mulheres. Essa abordagem falha compromete a efetividade dos tratamentos, perpetuando desigualdades que colocam as mulheres em maior risco de complicações e morte.

 

O Preço do Desconhecimento e do Preconceito
Além das diferenças biológicas, há também um componente de gênero que agrava a situação. A medicina ainda é permeada por preconceitos e estereótipos de gênero que influenciam o diagnóstico e o atendimento às mulheres. Em muitos casos, suas queixas são desconsideradas, e os sintomas são atribuídos a fatores emocionais, como ansiedade ou estresse, em vez de serem reconhecidos como possíveis sinais de doença cardíaca. Isso contribui para diagnósticos tardios e tratamentos inadequados, o que pode ser fatal.

 

A Importância da Educação e da Prevenção
Para mudar esse cenário, é essencial que as mulheres estejam mais conscientes sobre o risco de doenças cardíacas e aprendam a reconhecer os sinais de alerta, mesmo que sejam menos óbvios. A educação em saúde deve destacar as diferenças nos sintomas e nas estratégias preventivas mais eficazes para as mulheres, como o controle de fatores de risco como hipertensão, diabetes, colesterol elevado, obesidade, além de hábitos de vida saudáveis, como dieta equilibrada e prática regular de exercícios físicos.

 

O Papel dos Profissionais de Saúde
Os profissionais de saúde também precisam ser capacitados para identificar e tratar doenças cardíacas nas mulheres de forma mais assertiva e personalizada. Isso inclui a implementação de protocolos de triagem específicos, o uso de exames mais sensíveis para detecção precoce e o desenvolvimento de terapias adaptadas às particularidades femininas. A inclusão das mulheres em estudos clínicos de forma representativa é igualmente crucial para gerar diretrizes médicas mais precisas e abrangentes.

 

Conclusão: Um Alerta Urgente
As doenças cardíacas não são um problema exclusivo dos homens, e ignorar as diferenças de sexo e gênero na medicina é perigoso e injusto. O aumento da conscientização, a pesquisa inclusiva e a adaptação das práticas clínicas são passos essenciais para reduzir o número de mortes por doenças cardiovasculares entre as mulheres. Afinal, não se trata apenas de salvar vidas, mas de promover uma saúde equitativa e acessível para todos, independentemente do gênero.

A saúde das mulheres merece mais atenção, e a prevenção é a chave. Se você é mulher ou conhece uma, compartilhe esta informação – ela pode salvar vidas.

 

Que cuidados preventivos ela deve ter e qual a especialidade indicada?

Para prevenir doenças cardíacas, as mulheres devem adotar uma série de cuidados em seu dia a dia e procurar orientação com um especialista adequado. Veja abaixo as principais medidas preventivas e a especialidade médica indicada:

Cuidados Preventivos
Monitoramento Regular da Pressão Arterial:

Manter a pressão sob controle é essencial, pois a hipertensão é um dos principais fatores de risco para doenças cardíacas.
Controle dos Níveis de Colesterol e Triglicerídeos:

Realizar exames periódicos para monitorar os níveis de colesterol e triglicerídeos, reduzindo o risco de formação de placas nas artérias.


Manutenção de Peso Saudável:

O sobrepeso e a obesidade aumentam o risco de problemas cardíacos. Uma dieta equilibrada, rica em frutas, legumes, grãos integrais e gorduras saudáveis, ajuda no controle do peso.


Dieta Equilibrada e Saudável:

Evitar o consumo de alimentos ultraprocessados e com alto teor de açúcar, sódio e gordura saturada. Prefira alimentos naturais e minimamente processados.


Prática Regular de Exercícios Físicos:

Atividades aeróbicas, como caminhar, correr, nadar ou andar de bicicleta, devem ser realizadas ao menos 150 minutos por semana, em intensidade moderada.


Controle do Diabetes:

Se a mulher é diabética, o controle adequado dos níveis de glicose no sangue é fundamental para prevenir complicações cardíacas.

Evitar o Tabagismo e o Consumo Excessivo de Álcool:

Parar de fumar e limitar o consumo de bebidas alcoólicas é crucial para a saúde do coração.


Reduzir o Estresse e Promover Saúde Mental:

Práticas de relaxamento, como ioga, meditação ou técnicas de respiração, ajudam a controlar o estresse, que também é um fator de risco para doenças cardíacas.


Exames de Rotina e Acompanhamento Regular:

Consultas médicas periódicas ajudam a identificar precocemente qualquer anomalia e ajustar o tratamento preventivo.


Especialidade Médica Indicada
A especialidade mais indicada para cuidados preventivos e tratamento de doenças cardíacas é a Cardiologia.

O cardiologista é o especialista responsável por diagnosticar, prevenir e tratar condições cardíacas. Além disso, ele pode orientar de forma personalizada sobre os fatores de risco, prescrever exames apropriados e recomendar mudanças de estilo de vida específicas para cada mulher.

Se houver a presença de fatores de risco múltiplos ou complicações, pode ser necessário um acompanhamento com outras especialidades, como:

Endocrinologista: para controle de diabetes e dislipidemia (colesterol alto).
Nutricionista: para planejamento alimentar adequado.
Ginecologista/Endocrinologista: para questões hormonais que podem influenciar a saúde cardíaca, especialmente na menopausa.


A abordagem multidisciplinar é essencial para um cuidado mais abrangente e eficaz na prevenção de doenças cardíacas.

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