Conheça o procedimento que pode eliminar de vez os batimentos fora do ritmo, devolvendo qualidade de vida a quem convive com arritmias resistentes a remédios.
O que é ablação cardíaca?
A ablação cardíaca é um tratamento moderno que corrige arritmias por meio de um procedimento minimamente invasivo. Indicado para pacientes que convivem com batimentos cardíacos irregulares mesmo com o uso de medicamentos, ele pode representar uma alternativa definitiva para o problema.
Como funciona?
Durante a ablação, um eletrofisiologista — cardiologista especializado no sistema elétrico do coração — insere cateteres finos por veias da perna ou braço até o coração. Utilizando mapas elétricos do órgão, o médico localiza os focos responsáveis pelos batimentos anormais e os neutraliza com calor (radiofrequência) ou frio extremo (crioablação).
O procedimento é feito em ambiente hospitalar, geralmente com sedação leve. A maioria dos pacientes recebe alta em menos de 24 horas.
Segundo a Dra. Natália Gomide, cardiologista especialista em arritmias:
“A ablação é uma opção segura e eficaz quando os medicamentos não são suficientes para controlar as arritmias. Ela pode melhorar a qualidade de vida e até proteger o coração contra desgastes provocados por batimentos fora do ritmo.”
Quando ela é indicada?
A ablação é considerada principalmente quando:
A arritmia não melhora com remédios como o Metoprolol;
O paciente apresenta efeitos colaterais importantes com os medicamentos;
Ou a arritmia é frequente e pode afetar a função do coração, como no caso das extrassístoles ventriculares frequentes.
E os resultados?
Estudos mostram que a ablação pode oferecer alta taxa de cura para muitos tipos de arritmia, especialmente as originadas nos átrios. Em casos onde 24% dos batimentos são extrassístoles ventriculares, a ablação pode ser uma opção curativa ou ao menos redutora de carga elétrica anormal — quando bem indicada.
Entenda em linguagem simples:
“Imagine que o coração está tocando uma música com notas fora do compasso. A ablação identifica onde essas notas erradas estão sendo tocadas e desliga esses pontos, para que a batida volte ao ritmo certo.”
Sempre com orientação médica
Apesar de promissora, a ablação não é indicada para todos os casos. Por isso, a decisão deve ser feita com base em exames como o Holter, o ecocardiograma e, em alguns casos, ressonância cardíaca. O acompanhamento por um cardiologista experiente é essencial.
Convite para o próximo artigo:
No próximo conteúdo da série, vamos falar sobre o Ecocardiograma e como ele ajuda a entender se a arritmia está enfraquecendo o coração. Fique ligado na TV Saúde!