Tumor Raro Removido Pela Órbita Ocular: A Incrível Cirurgia que Salvou Carla, de 19 Anos

Publicado por: Feed News
05/05/2025 16:35:34
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Cirurgiões americanos retiraram um tumor raro da coluna cervical acessando pela órbita ocular — um feito inédito na medicina moderna./Ilustração Cortesia Editorial Ideia
Cirurgiões americanos retiraram um tumor raro da coluna cervical acessando pela órbita ocular — um feito inédito na medicina moderna./Ilustração Cortesia Editorial Ideia

A impressionante história da jovem Carla Flores revela os limites desafiados pela medicina moderna ao remover um cordoma raro da coluna cervical... através do olho!

Um feito inédito da medicina acaba de ganhar destaque mundial: a retirada de um tumor maligno na coluna cervical por meio da órbita ocular. A paciente? Uma jovem de apenas 19 anos, Carla Flores, que confiou em uma técnica nunca antes aplicada em um ser humano vivo. O  The Washington Post escreveu sobre isso aqui..

Tudo começou com um sintoma aparentemente comum: visão dupla. Carla buscava sua habilitação quando notou que via dois carros em vez de um. Após exames, o diagnóstico chocou a todos: um cordoma, tumor maligno raro, estava pressionando seu olho esquerdo e se espalhava também pela coluna cervical.

 

O que é cordoma?

O cordoma é um tumor maligno raro, que se forma a partir de restos da notocorda, estrutura embrionária que dá origem à coluna vertebral. Ele cresce lentamente, mas é localmente agressivo, podendo afetar áreas críticas como a base do crânio e a coluna. Por sua localização e comportamento infiltrativo, costuma ser de difícil remoção e exige abordagens cirúrgicas complexas.

 

A primeira cirurgia, feita em abril de 2024, removeu parte do tumor cerebral — mas o desafio maior ainda estava por vir: um segundo cordoma, do tamanho de um polegar, localizado na frente da coluna. Uma área de acesso quase impossível... até então.

A abordagem convencional, pela nuca, não oferecia visão do tumor. Pela boca, o risco de infecção era alto. Pela narina, o acesso era limitado. Foi aí que os médicos decidiram fazer história: optaram por um acesso cirúrgico pela órbita ocular inferior, a chamada "terceira narina", uma técnica ousada, até então apenas estudada em cadáveres.

 

Sob a liderança dos cirurgiões Mohamed Labib e Kalpesh Vaharia, a operação de 19 horas começou com incisões na gengiva e pálpebra inferior para liberar o globo ocular. Com uso de endoscópios e brocas milimétricas, os médicos abriram caminho entre o olho e o cérebro até alcançar a coluna cervical, onde o tumor foi removido peça por peça, com precisão milimétrica.

Partes do rosto foram reconstruídas com fragmentos de osso retirados da coxa de Carla. Placas e malhas de titânio reconstituíram as regiões alteradas. A operação foi um sucesso — um marco na cirurgia minimamente invasiva.

 

A jovem passou 45 dias entre reabilitação hospitalar e repouso domiciliar. Em seguida, iniciou uma terapia de prótons para garantir a erradicação total do câncer. Um ano depois, não há sinais da doença.

Carla ainda sente dores no pescoço e usa um colar cervical, mas mantém a esperança firme: “A medicina me salvou.

Essa cirurgia pode abrir novos caminhos para tratar tumores em áreas de difícil acesso. E, para Carla, representa o recomeço de uma vida inteira pela frente.

 

Convite para o próximo artigo:

No próximo artigo da TV Saúde: "Terapia de Prótons: A Nova Fronteira da Radioterapia Contra o Câncer" — entenda como essa tecnologia pode salvar vidas com mais precisão e menos efeitos colaterais.

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