Tumores cerebrais em crianças: sinais que os pais não podem ignorar

O caso da atriz mirim Millena Brandão revela uma triste realidade:

os sintomas de tumores cerebrais nas crianças muitas vezes são ignorados ou confundidos com problemas comuns.

A morte precoce da atriz Millena Brandão, aos 11 anos, trouxe à tona uma urgência médica silenciosa: tumores cerebrais em crianças. Com sintomas inicialmente vagos e facilmente confundidos com viroses ou problemas comportamentais, muitos desses casos só são descobertos em estágios avançados — quando já há comprometimento neurológico e risco de vida.

Quais são os sintomas mais comuns?

Segundo neurologistas pediátricos, os sinais de alerta incluem:

• Dor de cabeça recorrente, especialmente ao acordar

• Vômitos em jato, sem náusea associada

• Sonolência fora do normal ou dificuldade para acordar

• Perda de apetite

• Alterações de humor ou comportamento súbito

• Problemas de visão, como visão dupla ou turva

• Dificuldade de equilíbrio ou marcha

• Convulsões, mesmo que únicas

• Déficit escolar abrupto

Esses sinais, quando somados ou persistentes, merecem avaliação imediata por um neurologista pediátrico. “O cérebro da criança está em desenvolvimento e responde de forma mais sensível a lesões ou compressões. O atraso no diagnóstico compromete funções motoras, cognitivas e até a sobrevivência”, alerta o neuropediatra Dr. Lucas Verni.

O que causa os tumores cerebrais infantis?

Embora as causas ainda não sejam completamente conhecidas, alguns fatores podem estar associados:

• Predisposição genética (síndromes ou mutações)

• Exposição a radiações ionizantes na gestação ou primeira infância

• Histórico familiar de neoplasias

• Disfunções na regulação do crescimento celular

É importante destacar que a maioria dos tumores cerebrais em crianças não tem relação direta com hábitos ou ambientes externos, tornando o rastreio ainda mais complexo.

O diagnóstico precoce salva vidas

O ideal é que os sintomas sejam investigados com ressonância magnética e avaliação neurológica. Quando detectado cedo, o tumor pode ser removido ou tratado com mais chances de recuperação — evitando sequelas permanentes.

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