Radioterapia de Precisão: Terapia de Prótons Elimina Tumores com Mínimos Danos

Conheça a técnica que está transformando o tratamento oncológico ao atacar apenas o tumor e preservar os tecidos saudáveis ao redor.

Em um cenário onde os efeitos colaterais da radioterapia ainda assustam pacientes, surge uma revolução: a Terapia de Prótons. Essa tecnologia, já disponível em centros especializados dos EUA, Europa e Japão, vem sendo chamada por muitos de “bisturi invisível” — e não é exagero.

A grande diferença está na física: enquanto a radioterapia tradicional utiliza fótons (raios X), que atravessam o corpo e danificam também os tecidos saudáveis, os prótons podem ser controlados para parar exatamente onde o tumor está. Isso permite que a dose máxima de radiação atinja apenas o câncer, poupando músculos, nervos, órgãos e ossos próximos.

Esse nível de precisão milimétrica é especialmente importante em tumores de cabeça e pescoço, cérebro, coluna, próstata e em pacientes pediátricos — onde cada milímetro preservado significa menor risco de sequelas e maior qualidade de vida.

No caso de Carla Flores, mencionada no artigo anterior, a terapia de prótons foi escolhida após a remoção cirúrgica do tumor para eliminar qualquer fragmento remanescente sem agredir o cérebro ou a medula espinhal.

Apesar de sua eficácia, a terapia de prótons ainda é pouco acessível devido ao alto custo dos equipamentos, que exigem aceleradores de partículas sofisticados. Porém, centros brasileiros já estudam sua implementação nos próximos anos.

Menos efeitos colaterais, mais chance de cura e preservação da saúde integral. Essa é a promessa da terapia de prótons — uma arma cada vez mais potente contra o câncer.