Mieloma Múltiplo: O Câncer Raro que Desafia a Medicina e Exige Diagnóstico Precoce

Publicado por: Feed News
12/08/2025 23:12:16
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Ilustração Cortesia Editorial Ideia
Ilustração Cortesia Editorial Ideia

Conheça em detalhes o que é o mieloma múltiplo, como ele afeta o organismo, quais são os principais sintomas, tratamentos e perspectivas para quem recebe esse diagnóstico.

 

O mieloma múltiplo é um câncer raro do sangue, que afeta células chamadas plasmócitos — responsáveis pela produção de anticorpos que defendem o corpo contra infecções. No mieloma, essas células tornam-se malignas, acumulam-se na medula óssea e prejudicam o funcionamento normal do organismo, causando danos ósseos, insuficiência renal, anemia e fragilidade do sistema imunológico.

 

Historicamente, o primeiro caso documentado ocorreu em 1844, mas foi apenas no final do século XIX que a doença começou a ser reconhecida pela medicina. Atualmente, embora não haja cura definitiva, os avanços terapêuticos tornaram o mieloma altamente controlável, com novos medicamentos, anticorpos monoclonais e transplantes de células-tronco.

 

Segundo dados internacionais, o mieloma múltiplo representa cerca de 10% dos cânceres hematológicos e é o segundo tipo mais comum de câncer de sangue no mundo. Apesar das novas terapias, a doença apresenta recorrência frequente e mantém taxas anuais significativas de mortalidade.

 

A doença interfere na produção normal de células sanguíneas, resultando em anemia, baixa imunidade e aumento do risco de infecções. Um dos marcadores mais importantes é a proteína M, um anticorpo anormal que pode causar tumores, lesões ósseas e falência renal.

 

Principais sintomas:

  • Dor óssea persistente (especialmente nas costas, costelas e quadris)

  • Infecções recorrentes

  • Fraqueza e fadiga extrema

  • Problemas renais

  • Anemia

 

Possíveis causas:
A origem exata ainda é desconhecida, mas há indícios de predisposição genética, exposição à radiação ou contato com solventes químicos como o benzeno.

 

Diagnóstico:
Inclui exames de sangue e urina para detectar níveis elevados de anticorpos anormais, além de biópsia e aspirado de medula óssea.

 

Tratamentos disponíveis:

  • Quimioterapia tradicional

  • Inibidores de proteassoma (Velcade, Kyprolis, Ninlaro)

  • Drogas imunomoduladoras (Revlimid, Thalomid, Pomalyst)

  • Anticorpos monoclonais (Darzalex, Empliciti, Blenrep)

  • Transplante de células-tronco

  • Radioterapia e medicamentos de suporte para prevenção de fraturas e controle da dor

 

O prognóstico depende fortemente do diagnóstico precoce. Hoje, mais de 50% dos pacientes sobrevivem por pelo menos 5 anos após o diagnóstico, e muitos superam 10 anos com qualidade de vida.

 

Complicações comuns: fraturas, hipercalcemia, insuficiência renal, amiloidose e infecções graves.

 

Apoio e enfrentamento: além dos tratamentos médicos, buscar grupos de apoio, adotar hábitos saudáveis e manter acompanhamento constante são medidas fundamentais para o bem-estar físico e emocional.

 

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No próximo conteúdo, vamos explorar as causas e fatores de risco do mieloma múltiplo, destacando o papel da genética, da exposição ambiental e de outros elementos que aumentam a probabilidade de desenvolver a doença.

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