Entenda como diferenciar os sintomas de uma tireoide hipoativa e hiperativa e quando buscar atendimento médico urgente.
Os sintomas da doença da tireoide podem ser sutis ou evidentes, mas sempre merecem atenção. Conforme explica o Dr. Carlos Bizinoto, endocrinologista residente do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, alterações no funcionamento dessa pequena glândula em forma de borboleta, localizada na base do pescoço, impactam diversos sistemas do corpo.
A tireoide produz hormônios que regulam o metabolismo, a frequência cardíaca, a digestão, a temperatura corporal e até a saúde mental. Quando há desequilíbrio, surgem dois quadros principais: hipotireoidismo (baixa produção hormonal) e hipertireoidismo (produção excessiva de hormônios).
Nervosismo ou irritabilidade
Fadiga com dificuldade para dormir
Fraqueza muscular
Intolerância ao calor
Tremores, principalmente nas mãos
Batimentos cardíacos acelerados ou irregulares
Diarreia ou evacuações frequentes
Perda de peso inexplicável
Fadiga constante
Ganho de peso sem motivo aparente
Sensação de frio mesmo em ambiente aquecido
Inchaço no rosto
Constipação
Pele e cabelo secos
Dores musculares e articulares
Depressão e lentidão mental
Pouca transpiração
Colesterol alterado: muito baixo (hipertireoidismo) ou persistentemente alto (hipotireoidismo), mesmo com dieta e exercícios.
Alterações na pele: erupções, inchaço ou vermelhidão nas canelas (doença de Graves) e pele áspera com inchaço no caso de hipotireoidismo.
Olhos esbugalhados: comum na oftalmopatia de Graves.
Mixedema: acúmulo de ácido hialurônico na pele, causando espessamento e inchaço.
Alguns sintomas exigem atendimento de urgência:
Tempestade tireoidiana (no hipertireoidismo não tratado): febre alta, batimentos acelerados, diarreia intensa, agitação e até delírios.
Coma mixedematoso (no hipotireoidismo grave): queda brusca de temperatura corporal e pressão arterial, podendo levar à morte.
O diagnóstico inclui exame físico, histórico clínico, exames de sangue e, quando necessário, ultrassonografia ou cintilografia da tireoide.
Hipertireoidismo: medicamentos antitireoidianos, betabloqueadores, radioiodo ou cirurgia.
Hipotireoidismo: reposição hormonal com levotiroxina, ajustada individualmente.
Não existe uma dieta única para tratar distúrbios da tireoide, mas é importante monitorar a ingestão de iodo, soja e vegetais crucíferos, pois podem interferir nos medicamentos.
Convite para o próximo artigo da TVSaude.Org:
No próximo conteúdo da nossa série sobre saúde endócrina, vamos explicar como prevenir doenças da tireoide e quais hábitos fortalecem o equilíbrio hormonal dessa glândula essencial.