Especialista em arritmias detalha como diferentes classes de medicamentos atuam para restaurar o ritmo cardíaco e prevenir complicações graves.
Segundo a médica cardiologista de Ribeirão Preto, Dra. Natália Gomide, especialista em arritmias, uma arritmia cardíaca é um batimento irregular — podendo ser rápido, lento ou apresentar ritmo anormal. O uso de medicamentos é essencial para restaurar o ritmo normal, controlar a frequência cardíaca e prevenir complicações.
A escolha do fármaco depende do tipo de arritmia, gravidade e condição clínica do paciente. As classes mais usadas incluem:
Indicações: fibrilação atrial, flutter atrial, taquicardia ventricular e supraventricular.
Exemplos: Atenolol, Metoprolol, Bisoprolol, Carvedilol, Propranolol.
Ação: reduzem a frequência cardíaca ao bloquear os efeitos da adrenalina.
Efeitos colaterais: fadiga, pressão baixa, ganho de peso, extremidades frias.
Indicações: fibrilação atrial, flutter atrial e taquicardia supraventricular.
Exemplos: Diltiazem, Verapamil.
Ação: relaxam os vasos sanguíneos e diminuem a carga de trabalho do coração.
Efeitos colaterais: constipação, tontura, inchaço nos pés.
Divididos conforme a classificação de Vaughan-Williams:
Classe I (bloqueadores dos canais de sódio): Flecainida, Propafenona, Disopiramida.
Diminuem a excitabilidade das células cardíacas.
Classe III (bloqueadores dos canais de potássio): Amiodarona, Sotalol, Dofetilida.
Prolongam a fase de repolarização para estabilizar o ritmo.
Função: prevenir coágulos em pacientes com fibrilação atrial e alto risco de AVC.
Exemplos: Varfarina, Apixabana, Rivaroxabana, Dabigatrana.
Atenção: o uso de Varfarina exige dieta consistente em vitamina K.
Função: aumentam a força das contrações e regulam a frequência cardíaca.
Exemplo: Digoxina.
Indicações: insuficiência cardíaca e fibrilação atrial.
Além dos medicamentos, tratamentos como ablação por radiofrequência, marcapassos e cardioversores-desfibriladores implantáveis (CDIs) podem ser indicados em casos específicos.
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No próximo conteúdo da série, vamos explorar os sinais de alerta que indicam a necessidade urgente de tratamento para arritmias cardíacas e como o diagnóstico precoce pode salvar vidas.