Cardioversão: como funciona, tipos, riscos e o que esperar do procedimento

Publicado por: Feed News
15/08/2025 09:34:40
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Cardioversão: tratamento eficaz para restaurar o ritmo normal do coração em casos de arritmia. / Ilustração Cortesia Editorial Ideia
Cardioversão: tratamento eficaz para restaurar o ritmo normal do coração em casos de arritmia. / Ilustração Cortesia Editorial Ideia

Entenda as diferenças entre cardioversão elétrica e farmacológica, os riscos envolvidos e como se preparar para o procedimento.

 

A cardioversão é um tratamento médico utilizado para restaurar o ritmo normal do coração em casos de arritmia cardíaca. Ao contrário da desfibrilação, que é usada em situações de emergência extrema como a parada cardíaca, a cardioversão é aplicada quando o coração bate de forma irregular, mas ainda mantém circulação sanguínea suficiente.

 

Tipos de cardioversão

Cardioversão elétrica sincronizada
Consiste na aplicação de choques de baixa energia no tórax, por meio de eletrodos conectados a um cardioversor. O choque é aplicado no momento ideal do ciclo cardíaco, o que aumenta a chance de restaurar o ritmo normal.

  • Pode ser programada em casos crônicos de arritmia.

  • Em emergências, pode ser aplicada em pacientes inconscientes.

  • Quando o paciente está acordado, utiliza-se sedação para maior conforto.

 

Cardioversão farmacológica (química)
Feita com o uso de medicamentos antiarrítmicos ou betabloqueadores, administrados por via oral ou intravenosa.

  • Normalmente leva mais tempo para agir (de horas a dias).

  • Pode ser utilizada antes ou depois da cardioversão elétrica para aumentar as chances de sucesso e manter o ritmo cardíaco estável.

  • Medicamentos comuns: amiodarona, propafenona, diltiazem, digoxina, ibutilida, adenosina, entre outros.

 

Condições tratadas

A cardioversão é indicada em casos de:

  • Fibrilação atrial (AFib): batimento caótico e irregular dos átrios.

  • Flutter atrial: semelhante à fibrilação, mas mais organizado.

  • Taquicardia supraventricular (TSV): ritmo rápido nos átrios.

  • Taquicardia ventricular com pulso: batimento rápido nos ventrículos, ainda com circulação.

 

Riscos e complicações

Embora seja um procedimento seguro, a cardioversão pode trazer alguns riscos, como:

  • Queda temporária da pressão arterial.

  • Pequenas queimaduras na pele (em casos elétricos).

  • Novos episódios de arritmia.

  • Lesões cardíacas leves e reversíveis.

  • Formação de coágulos, que podem causar AVC ou embolia.

O uso de anticoagulantes antes e depois da cardioversão reduz significativamente o risco de complicações graves.

 

O que esperar

  • Cardioversão elétrica: dura de 10 a 20 minutos, feita sob sedação, com alta geralmente no mesmo dia. O paciente não deve dirigir ou operar máquinas por 24h.

  • Cardioversão farmacológica: costuma ser feita em ambiente hospitalar, mas em casos leves pode ser realizada em casa com acompanhamento médico.

 

Perspectiva

  • Taxa de sucesso: cerca de 90% para a cardioversão elétrica e 85% para a farmacológica.

  • Recorrência: é comum, especialmente em casos de fibrilação atrial, exigindo novos procedimentos.

  • Fatores de risco: hipertensão não controlada, colesterol elevado e, em especial, nas mulheres, a chance de recorrência é duas vezes maior.

Nem a cardioversão elétrica nem a farmacológica é considerada “superior”. Ambas têm bons resultados e são escolhidas de acordo com a condição clínica do paciente.

 

Convite para o próximo artigo

No próximo artigo da série sobre arritmias cardíacas, vamos falar sobre os medicamentos mais usados no tratamento de arritmias e como eles atuam no organismo. Não perca!

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