OMS refuta afirmação de Trump sobre autismo, vacinas e paracetamol

Publicado por: Feed News
23/09/2025 10:21:35
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Ilustração Cortesia Editorial Ideia
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OMS Refuta Afirmações de Trump sobre Autismo, Vacinas e Paracetamol

Organização Mundial da Saúde esclarece que não há evidências científicas que sustentem as alegações de Trump sobre autismo e reforça o papel vital das vacinas na saúde global.

 

A Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu uma declaração oficial para esclarecer informações equivocadas levantadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em um discurso recente. Trump relacionou o aumento de casos de autismo tanto ao uso de paracetamol durante a gravidez quanto às vacinas infantis — alegações que carecem de respaldo científico.

 

Segundo Tariq Jasharewicz, porta-voz da OMS em Genebra, as pesquisas atuais sobre o uso de paracetamol na gestação e sua suposta ligação ao autismo apresentam resultados contraditórios e insuficientes para estabelecer uma relação de causa e efeito. Ele destacou que não há consenso científico que permita às autoridades médicas emitir uma recomendação contra o medicamento em gestantes, exceto em situações clínicas específicas já previstas pela prática médica.

 

Além disso, Jasharewicz reforçou que a ciência já demonstrou de forma clara que as vacinas não causam autismo. Pelo contrário, a imunização é uma das ferramentas mais seguras e eficazes para prevenir doenças graves e salvar milhões de vidas todos os anos. A OMS enfatizou que questionar o valor da vacinação com base em alegações infundadas representa um risco à saúde pública global.

 

Trump havia sugerido que mulheres grávidas interrompessem o uso de Tylenol (marca que contém paracetamol), chamando isso de uma “descoberta revolucionária” na prevenção do autismo. A comunidade científica, entretanto, há muito rejeita essa ideia por falta de evidências robustas.

 

O presidente americano também criticou a vacinação obrigatória contra hepatite B em menores de 12 anos, afirmando que a doença seria apenas sexualmente transmissível. A OMS rebateu essa visão, lembrando que o vírus pode ser transmitido em diferentes situações — inclusive pelo contato com objetos contaminados — e que a vacina é crucial para reduzir a transmissão.

 

Conclusão

A OMS reiterou que qualquer recomendação de saúde pública deve estar baseada em evidências científicas sólidas, não em especulações. Até o momento, não há confirmação de que o uso de paracetamol na gravidez cause autismo, e a segurança das vacinas permanece firmemente respaldada pela ciência.

 

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