Estudo da OMS Mostra que o Envelhecimento Cognitivo Está Desacelerando

Envelhecendo Melhor: Estudo da OMS Revela que o Envelhecimento Cognitivo Está Desacelerando

Avanços na saúde e no combate a maus hábitos têm contribuído para o envelhecimento mais lento da população mundial.

Um estudo recente da Organização Mundial da Saúde (OMS), em parceria com a Universidade de Columbia (Nova York), revelou que o envelhecimento cognitivo das pessoas está desacelerando significativamente. Segundo especialistas, os últimos cem anos marcaram uma melhoria considerável na preservação das capacidades cerebrais dos idosos. A Nature escreve sobre isso aqui.

Os pesquisadores atribuem essa conquista à evolução na educação, no acesso a medicamentos de qualidade e à adoção de dietas mais equilibradas. "Ficamos surpresos com a magnitude dessas melhorias, especialmente ao compararmos pessoas nascidas após o final da Segunda Guerra Mundial com gerações anteriores. Isso nos mostra que é possível continuar avançando e até reverter as tendências negativas de envelhecimento", declarou o professor John Byrd, da Universidade de Columbia.

Dados de Pesquisa Reveladores

Os dados foram coletados em dois estudos extensos e de longo prazo – o projeto ELSA, no Reino Unido, e o CHARLS, na China – ambos voltados para o acompanhamento das transformações no processo de envelhecimento. Mais de 26 mil idosos chineses e britânicos, com 60 anos ou mais, participaram das iniciativas, que monitoraram indicadores fisiológicos e cognitivos por várias décadas.

Dentre os aspectos analisados, um dos destaques foi a "reserva cognitiva", que representa a capacidade do cérebro de lidar com danos, como os causados por acidentes vasculares cerebrais. Os resultados indicaram que os cérebros de pessoas nascidas na década de 1950 possuem, em média, uma reserva cognitiva equivalente a cérebros seis anos mais jovens do que os de indivíduos da década de 1940.

As diferenças foram ainda mais acentuadas ao se comparar os resultados entre idosos nascidos em períodos pré e pós-Segunda Guerra Mundial, tanto na China quanto no Reino Unido. Essa desaceleração no envelhecimento cerebral reflete os avanços da medicina e os esforços para reduzir os impactos de maus hábitos e doenças crônicas.

Importância do Desenvolvimento Médico

O professor Byrd enfatiza que os resultados reforçam a importância do progresso contínuo na saúde pública e no combate a hábitos prejudiciais. "Esses dados destacam como a melhoria dos cuidados de saúde pode trazer benefícios duradouros e mudar a trajetória do envelhecimento humano", conclui.

A pesquisa abre novas perspectivas sobre o papel da saúde preventiva e da educação na promoção de uma vida mais longa e com qualidade, inspirando avanços futuros no cuidado à população idosa.