Médicos Contra o Sistema: Quem Ainda Luta Pela Saúde e Não Pelo Lucro

Publicado por: Feed News
30/07/2025 13:13:29
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Em meio a um sistema dominado por cifras, ainda há médicos que colocam a vida acima do lucro — e buscam novas formas de cuidar. / Ilustração Cortesia Editorial Ideia
Em meio a um sistema dominado por cifras, ainda há médicos que colocam a vida acima do lucro — e buscam novas formas de cuidar. / Ilustração Cortesia Editorial Ideia

Mesmo cercados por protocolos rígidos e interesses comerciais, muitos médicos seguem firmes na missão de curar com humanidade. Quem são eles e o que estão propondo?

 

No primeiro artigo da série, mostramos como o tratamento do câncer no Brasil se transformou em um campo fértil para lucros milionários, enquanto pacientes enfrentam filas, diagnósticos tardios e sofrimento.

 

Mas nem todos os profissionais da saúde compactuam com esse sistema.

Há médicos, terapeutas, cientistas e até gestores públicos que estão dispostos a enfrentar a lógica mercantilizada da saúde. São vozes muitas vezes abafadas, mas que resistem — e propõem modelos mais humanos, acessíveis e sustentáveis.

 

Médicos que recusam comissões e metas

Em muitas redes privadas, médicos são pressionados a indicar exames, internações e tratamentos de alto custo. Alguns se recusam a entrar nesse jogo, mesmo que isso represente menos prestígio ou ganhos financeiros, perda do emprego etc..

 

Esses profissionais defendem que o verdadeiro compromisso da medicina está com o paciente, e não com o faturamento do hospital.

“Um exame que não muda a conduta médica é desperdício. E o desperdício é lucro para alguém”, afirma um oncologista entrevistado sob anonimato.

 

Medicina integrativa e preventiva: por que incomodam?

Há uma revolução silenciosa acontecendo fora dos grandes hospitais. Profissionais estão integrando nutrição anti-inflamatória, práticas mentais, atividade física, manejo do estresse e apoio psicológico nos protocolos de cuidado — com resultados impressionantes.

 

Mas esse tipo de abordagem, que reduz internações e uso de medicamentos, sofre resistência dentro do sistema. Por quê? Porque não gera receita recorrente.

 

Iniciativas públicas que funcionam

Algumas cidades e estados no Brasil têm adotado centros de atenção primária com foco na prevenção e na medicina da família, que evitam a escalada dos problemas de saúde e economizam milhões ao SUS. Porém, esses modelos raramente ganham destaque nacional.

 

“Prevenir câncer custa centavos. Tratar, custa milhares. Mas só um deles é economicamente vantajoso para a indústria”, resume um médico de família.

 

A luta por transparência e regulação

Movimentos civis, associações de pacientes e conselhos éticos pressionam por mais transparência nos contratos públicos com farmacêuticas, no uso de medicamentos de alto custo e nas diretrizes clínicas. Mas sem apoio político, muitas dessas demandas morrem nas gavetas do sistema.

 

Ainda há esperança — e ela mora na resistência silenciosa de quem insiste em fazer a medicina com consciência.

 

Convite da TVSaude.Org para o próximo artigo

No próximo artigo da série: “A Nova Geração Está Acordando: Pacientes Que Dizem Não à Indústria da Doença” — conheça histórias de pessoas que escolheram caminhos alternativos e conscientes para lidar com sua saúde.

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