Câncer: O Lucro Garantido para Laboratórios – J&J Supera Expectativas com Vendas de Medicamentos Oncológicos
A Johnson & Johnson supera previsões de lucro com aumento nas vendas de medicamentos contra o câncer, enquanto o setor farmacêutico se beneficia do crescimento da demanda por tratamentos oncológicos
A Johnson & Johnson (J&J) mais uma vez superou as previsões de lucro no quarto trimestre de 2024, impulsionada pela venda de medicamentos contra o câncer, um mercado cada vez mais lucrativo. A companhia, que já tem longa experiência no setor farmacêutico, conseguiu aumentar suas receitas em US$ 22,5 bilhões, superando ligeiramente as previsões dos analistas da Bloomberg. Esse crescimento é atribuído principalmente ao medicamento oncológico Darzalex, que gerou impressionantes US$ 3,08 bilhões em vendas, um aumento de mais de 20% em relação ao ano anterior. A Bloomberg escreve sobre isso aqui.
Enquanto o câncer se torna uma das principais causas de morte mundial, também se transforma em um dos segmentos mais rentáveis da indústria farmacêutica. A J&J, como outros grandes laboratórios, se beneficia enormemente desse cenário, visto que tratamentos como o Darzalex continuam a gerar bilhões em receitas. A demanda por medicamentos que combatem a doença parece não ter fim, o que coloca as empresas farmacêuticas em uma posição privilegiada de lucro constante.
Ao mesmo tempo, o aumento nas vendas do Darzalex ajudou a compensar a diminuição nas vendas do Stelara, utilizado no tratamento da psoríase, que sofreu com a perda de proteção de patente nos EUA e na Europa. A J&J, então, aposta em novos medicamentos oncológicos, como o próprio Darzalex, para garantir a continuidade do crescimento nas receitas, o que é uma estratégia bem-sucedida dentro do mundo farmacêutico, onde o câncer se tornou um grande motor financeiro.
No início de janeiro, a J&J anunciou uma aquisição de US$ 15 bilhões da Intra-Cellular Therapies Inc., que produz o medicamento Caplyta, para tratar a depressão bipolar, mas que também pode ter um potencial ainda maior caso se prove eficaz em doenças neurológicas. Esse movimento demonstra a tendência crescente de investimentos em medicamentos para doenças crônicas e potencialmente lucrativas, como o câncer e outras condições de longo prazo.
Em relação ao futuro, a J&J prevê um crescimento operacional de 2,5% a 3,5% nas vendas para 2025, com lucro ajustado por ação estimado entre US$ 10,75 e US$ 10,95. No entanto, a empresa enfrenta desafios, incluindo litígios envolvendo alegações de que seus produtos à base de talco, como o talco para bebês, possam ter causado câncer em milhares de consumidores. Embora essas questões possam afetar a imagem da empresa, o impacto financeiro não parece deter o crescimento de sua divisão farmacêutica, fortemente alimentada pela venda de medicamentos contra o câncer.
Em meio a tudo isso, as empresas farmacêuticas seguem cada vez mais lucrativas, principalmente com o mercado de tratamentos para doenças como o câncer. A Johnson & Johnson, assim como outras grandes corporações do setor, continua a prosperar enquanto a população mundial enfrenta uma crescente taxa de incidência de câncer. O que é um problema de saúde global também se transformou em uma mina de ouro para os laboratórios.
Conclusão: O Câncer como Motor Econômico
O câncer não é apenas uma das maiores tragédias de saúde pública da atualidade, mas também um dos maiores motores financeiros da indústria farmacêutica. Empresas como a Johnson & Johnson se beneficiam enormemente do alto custo dos tratamentos, consolidando seu poder e lucro. A cura não interessa!