Senhora de 65 Anos Desabafa em Hospital: 'Medicina Hoje é Loteria. Falta Humanidade

Publicado por: Feed News
07/04/2025 21:32:24
Exibições: 13
Ilustração Cortesia Editorial Ideia
Ilustração Cortesia Editorial Ideia

Em um banco de hospital, uma mulher de 65 anos revelou um sentimento crescente entre pacientes idosos: a medicina perdeu a escuta e a empatia.

Ela não pediu câmera, não exigiu holofotes. Apenas falou.


"O senhor me desculpe, mas medicina é loteria", disse com voz firme, olhos cansados e uma dignidade que nenhuma fila de hospital conseguiu apagar.

Passados 65 anos de vida, contribuindo para o INSS, essa senhora se sentou ao lado de um repórter com colete de TV em um banco de espera de um hospital público, num dos diferentes SUS do Brasil. Bastou ver o logotipo e o nome Imprensa para se sentir ouvida. E então veio o desabafo — quase como uma denúncia velada.

"Eu não tenho mais ilusões quanto aos médicos. Eles não têm disposição, nem preparo para lidar com um ser humano em situação vulnerável. E quer saber mais? Eles não sabem tudo. E, para não reconhecerem isso, preferem menosprezar o que o paciente sente", disse.

O relato dessa senhora não é um caso isolado. Pelo contrário, representa uma fratura invisível — porém crescente — na relação entre pacientes e o sistema de saúde. Trata-se de uma perda silenciosa e gradual da confiança.

 

A medicina, quando desprovida de empatia, se transforma em uma prática fria, mecânica e, muitas vezes, desumana. Médicos sobrecarregados, com pouco tempo para ouvir, acabam reforçando a ideia de que a dor do outro pode esperar — ou ser ignorada.

Ela finalizou com um olhar firme:

Competência e sensibilidade juntas são raras. E quando se cruzam, é por sorte.

E talvez seja isso que mais amedronta: a ideia de que nossa saúde e dignidade, ao entrar por uma porta de hospital, estejam submetidas à sorte. Como em uma roleta russa.

 

É claro que há profissionais incríveis, que salvam vidas todos os dias, mesmo com poucos recursos. Mas a pergunta que essa senhora deixou no ar continua ecoando: por que tantos pacientes saem sentindo que não foram ouvidos?

O que essa mulher desejava, no fundo, era simples: ser tratada como um ser humano inteiro — com história, dores e sentimentos. A medicina precisa voltar a ouvir.

 

Esse relato nos inspira à convidá-lo para o próximo artigo relevante:

No próximo artigo da série, vamos abordar como a empatia pode (e deve) ser ensinada desde o início na formação médica — e como isso pode transformar completamente o atendimento, especialmente em ambientes públicos.

Vídeos da notícia

Imagens da notícia

Tags: