Combinação de chá verde e vitamina B3 mostra potencial para melhorar energia neuronal e limpar placas associadas ao Alzheimer

Pesquisadores da UC Irvine identificaram que EGCG (chá verde) e nicotinamida (vitamina B3) restauram energia e promovem limpeza intracelular em neurônios de camundongos; ainda é necessário validar em humanos.

A Universidade da Califórnia, Irvine (UC Irvine) publicou, em agosto de 2025, uma pesquisa no periódico GeroScience que investigou os efeitos da combinação de nicotinamida (vitamina B3) e EGCG (epigalocatequina galato, antioxidante do chá verde) em modelagens in vitro de Alzheimer UC Irvine NewsUniversity of CaliforniaSpringerLink. Isso foi inspirado a partir do Science Alert.

Principais descobertas

• Restauração de GTP nos neurônios: A combinação elevou os níveis de guanosina trifosfato (GTP), uma molécula chave para a energia celular e processos de autofagia. Isso facilitou a remoção de agregados de beta-amilóide e reduziu marcadores de estresse oxidativo em neurônios do hipocampo de camundongos doentes. Os melhores resultados foram com o tratamento combinado, em comparação ao uso isolado dos compostos SpringerLink.

• Mecanismo de ação: Os dados sugerem que a melhora energética promove uma renovação endossomal e lisossomal, essencial para a limpeza intracelular das placas tóxicas SpringerLink.

• Estudo clínico humano (NEAT trial): Diferente dos resultados in vitro, a nicotinamida oral demonstrou boa tolerância, mas foi amplamente inativada antes de alcançar o sistema nervoso central. Em uma minoria (29%) que apresentou nicotinamida detectável no líquor, houve redução significativa de 34% em proteínas tau — um sinal promissor, mas ainda preliminar Escola Samueli de Engenharia.

Interpretação e contexto

Embora o modelo in vitro apresente potencial significativo, a aplicação prática em humanos ainda carece de confirmação. Desafios como biodisponibilidade, formulações para entrega eficaz e ensaios clínicos controlados permanecem sem solução.

Conclusão da TVSaude.Org: É impreciso, neste momento, afirmar que essa combinação funciona como “reinício do cérebro” ou cura para Alzheimer. O avanço é interessante e fundamentado, mas ainda está na fase exploratória para a medicina humana.