Cada mordida de ultraprocessados aumenta risco de morte prematura, revela estudo internacional
Pesquisa em oito países aponta que até pequenas porções extras desses alimentos elevam em 3% o risco de mortalidade precoce.
Alimentos ultraprocessados, como pão branco, refrigerantes, salgadinhos e comidas prontas, já representam mais da metade das calorias consumidas nos EUA e vêm ganhando espaço também na dieta dos brasileiros.
Um estudo publicado no American Journal of Preventive Medicine analisou hábitos alimentares em oito países, incluindo Brasil, México e Reino Unido, e concluiu que cada aumento de 10% na ingestão de ultraprocessados eleva em quase 3% o risco de morte prematura por todas as causas.
O pesquisador Eduardo A.F. Nilson, da Fundação Oswaldo Cruz, foi direto: “Quanto mais as pessoas consomem ultraprocessados, maior o risco”.
Por que os ultraprocessados fazem mal?
São ricos em açúcares, gorduras ruins e sódio.
Apresentam baixo valor nutricional, com pouca fibra, vitaminas e minerais.
Podem gerar inflamações e prejudicar o microbioma intestinal.
Além disso, esses produtos frequentemente substituem alimentos mais nutritivos, criando uma dieta pobre em qualidade.
Pequenas mudanças já fazem diferença
Segundo especialistas, não é preciso cortar tudo de uma vez. Trocas simples reduzem o impacto negativo:
Substituir refrigerantes por água com frutas.
Trocar biscoitos recheados por frutas ou castanhas.
Dar preferência a grãos integrais e proteínas magras.
Pesquisas mostram que reduzir apenas 10% do consumo de ultraprocessados e trocar por alimentos in natura pode reduzir o risco de mortalidade.