Jornalista enfrentou um dos tipos mais agressivos de câncer de mama, deixando uma lição sobre prevenção e diagnóstico precoce
No dia 5 de setembro, o jornalismo brasileiro perdeu Fernanda Parolari Danelon Vaisman, que enfrentava desde 2023 um câncer de mama triplo negativo. Sua partida, após meses de luta com quimioterapia, imunoterapia, radioterapia e cirurgias pesadas, não é apenas uma perda pessoal e profissional, mas também um alerta para a gravidade dessa doença.
Fernanda encarou o diagnóstico com coragem, acreditando na ciência e na espiritualidade, e deixou como legado a importância da informação — fundamental para salvar vidas.
O que é o câncer de mama triplo negativo?
O câncer de mama triplo negativo é um subtipo agressivo da doença que não apresenta receptores de estrogênio, progesterona e HER2 — alvos comuns nos tratamentos mais eficazes. Isso significa que:
Não responde às terapias hormonais tradicionais.
Tem maior risco de crescimento rápido e de metástase.
Exige tratamentos intensivos, como quimioterapia, imunoterapia e cirurgias.
Apesar de representar apenas 10 a 15% dos casos de câncer de mama, é considerado um dos mais desafiadores para a medicina.
Como prevenir e detectar precocemente
Embora não haja como evitar completamente o câncer de mama, é possível reduzir riscos e detectar cedo, aumentando as chances de cura:
Exames regulares: a mamografia é o principal recurso para identificar alterações ainda invisíveis ao toque.
Autoexame e atenção ao corpo: identificar nódulos, secreções, retrações na pele ou mudanças no formato da mama.
Estilo de vida saudável: manter alimentação equilibrada, praticar exercícios, evitar tabaco e excesso de álcool.
Histórico familiar: mulheres com casos de câncer de mama ou ovário na família devem conversar com o médico sobre acompanhamento diferenciado e até testes genéticos.
Tratamentos possíveis quando há diagnóstico precoce
O tratamento do triplo negativo precisa ser personalizado e, quanto mais cedo é iniciado, maiores as chances de sucesso. Entre as opções estão:
Quimioterapia: ainda é a base do tratamento para esse subtipo.
Imunoterapia: medicamentos recentes ajudam o sistema imunológico a combater o tumor.
Cirurgia: pode envolver a retirada parcial ou total da mama, dependendo da evolução.
Radioterapia: aplicada em conjunto para reduzir risco de recidiva.
Nos últimos anos, pesquisas vêm desenvolvendo novas drogas-alvo, o que abre perspectivas mais promissoras para o futuro.
O legado de Fernanda
A história de Fernanda Parolari Danelon Vaisman nos lembra que a informação é uma arma poderosa. Sua trajetória reforça a necessidade de falar sobre o câncer de mama sem tabus e estimular mulheres a cuidarem de si mesmas.
Mais que despedida, sua vida ecoa como um chamado à consciência coletiva: cuidar da saúde é um ato de coragem e amor à vida.
Convite para o próximo artigo: No próximo artigo da TVSaude.Org, vamos explicar em detalhes os principais sinais e sintomas do câncer de mama que não devem ser ignorados.