Descoberta pode levar ao desenvolvimento de medicamentos capazes de interromper a perda de memória em pacientes com Alzheimer.
Uma equipe internacional de cientistas da Alemanha, Espanha e Reino Unido identificou um novo mecanismo que explica como a memória é destruída na doença de Alzheimer. A descoberta aproxima a medicina de terapias mais eficazes contra a demência, uma das condições que mais desafiam a ciência atualmente.
Segundo a revista Molecular Neurodegeneration, o prejuízo cognitivo típico do Alzheimer é provocado por placas amiloides que se acumulam no cérebro. Esses aglomerados de proteínas inibem a ação das enzimas chamadas fosfodiesterases, responsáveis pelo metabolismo do monofosfato de adenosina cíclico (cAMP).
O cAMP é essencial para a formação de novas memórias. Quando seus níveis caem, a capacidade do cérebro de armazenar informações é comprometida, levando à perda progressiva da memória.
Com base nesse achado, os cientistas planejam desenvolver medicamentos que restaurem os níveis de cAMP no cérebro. O objetivo é não apenas desacelerar, mas também interromper a perda de memória em pacientes diagnosticados com Alzheimer.
Vale lembrar que outros fatores de risco vêm preocupando a ciência. Um estudo publicado em maio revelou que amostras de cérebros coletadas em autópsias no início de 2024 apresentaram maior concentração de microplásticos do que amostras analisadas oito anos antes. A presença dessas partículas pode representar mais um desafio para a saúde neurológica da população.