Entenda a Relação Entre o Exame e os Problemas na Coluna Lombossacral
eletroneuromiografia (ENMG) é um exame essencial para avaliar a função dos nervos e músculos. Ele é frequentemente solicitado para investigar sintomas neurológicos, como fraqueza, formigamento e dor irradiada, ajudando no diagnóstico de condições como a radiculopatia L5-S1.
Por Que Fazer o Exame?
O ENMG é indicado quando há suspeita de doenças neuromusculares ou compressões nervosas. Ele mede a resposta dos nervos periféricos e músculos, diferenciando se o problema ocorre nos nervos, músculos ou em ambas as estruturas. A radiculopatia lombossacral é uma das condições mais detectadas pelo exame.
Sintomas da Radiculopatia L5-S1
A radiculopatia L5-S1 ocorre quando as raízes nervosas que saem da região lombossacral da coluna são comprimidas ou inflamadas, resultando nos seguintes sintomas:
Dor irradiada – Lombalgia que se estende para a perna, podendo atingir os pés (ciatalgia).
Dormência e formigamento – Sensações anormais na lateral da perna e do pé.
Fraqueza muscular – Dificuldade para levantar o pé (L5) ou para ficar na ponta dos pés (S1).
Alteração nos reflexos – Redução ou ausência dos reflexos no tornozelo.
Achados em um Exame: Um Exemplo Clínico
Um exame recente de eletroneuromiografia enviado por leitor revelou:
Sinais de desnervação em músculos de inervação segmentar L5 e S1 bilateralmente.
Atividade em L5 à direita de moderada intensidade, mas discretamente pior nesse lado.
Condução sensitiva normal, indicando que o problema está antes do gânglio sensitivo, confirmando uma radiculopatia.
O Que Isso Significa?
O laudo sugere que há um comprometimento das raízes nervosas de L5 e S1, possivelmente causado por compressão ou inflamação. Como a condução sensitiva está preservada, a origem do problema está localizada na raiz nervosa antes do gânglio sensitivo, ou seja, dentro da coluna vertebral.
Origem da Radiculopatia L5-S1
A radiculopatia em L5 e S1 pode ser causada por diferentes condições, entre elas:
Hérnia de disco lombar – Quando um disco intervertebral se desloca e comprime a raiz nervosa. Essa é a causa mais comum da radiculopatia lombar.
Estenose do canal vertebral – Estreitamento do canal onde passam os nervos devido a degeneração óssea ou artrite.
Espondilolistese – Deslocamento de uma vértebra sobre a outra, pressionando as raízes nervosas.
Inflamação nervosa – Pode ocorrer devido a doenças autoimunes, infecções ou processos inflamatórios crônicos.
Tratamento da Radiculopatia L5-S1
O tratamento depende da gravidade do caso e pode incluir abordagens conservadoras ou cirúrgicas:
Fisioterapia – Exercícios específicos ajudam a fortalecer a musculatura e aliviar a compressão nervosa.
Medicamentos – Anti-inflamatórios, analgésicos, relaxantes musculares e neuropáticos (como pregabalina ou gabapentina) são indicados para alívio da dor.
Corticoterapia – Infiltrações de corticoides podem reduzir a inflamação local.
Terapias minimamente invasivas – Radiofrequência, bloqueios anestésicos ou ozonioterapia podem ser opções para casos persistentes.
Cirurgia – Indicada apenas para casos graves, quando há hérnia volumosa, déficit motor progressivo ou falha nos tratamentos conservadores. Os procedimentos incluem a microdiscectomia ou a artrodese lombar.
Quando Procurar um Especialista?
Caso os sintomas se tornem persistentes ou haja piora da dor, fraqueza progressiva ou perda de controle urinário/fecal, é fundamental procurar um neurologista ou ortopedista especializado em coluna.
A radiculopatia pode ser tratada e, na maioria dos casos, tem uma boa resposta às abordagens conservadoras. Se você suspeita dessa condição, busque uma avaliação médica para um diagnóstico preciso e um plano de tratamento adequado.