Do diagnóstico precoce ao tratamento moderno, passando por mudanças no estilo de vida, conheça o que pacientes com amiloidose podem fazer para enfrentar a doença com mais esperança.
A amiloidose é uma doença rara caracterizada pelo acúmulo anormal de proteínas chamadas amiloides em órgãos e tecidos, podendo comprometer rins, coração, fígado, nervos e sistema digestivo. Muitas vezes, ela aparece associada ao mieloma múltiplo e pode tornar o quadro clínico mais desafiador. Mas afinal: e agora? Existe esperança?
Detectar cedo é fundamental. Biópsias de tecido, exames de sangue e de imagem ajudam a confirmar a doença e identificar quais órgãos estão comprometidos. Quanto mais cedo se inicia o tratamento, maior a chance de preservar a função dos órgãos.
O foco principal é controlar a produção da proteína anormal que forma os depósitos de amiloide. Protocolos semelhantes aos usados no mieloma múltiplo — como o VCD (Bortezomibe, Ciclofosfamida e Dexametasona) — podem ser indicados. Em alguns casos, o transplante autólogo de células-tronco é uma opção.
Embora não curem a amiloidose, mudanças no dia a dia podem fortalecer o corpo e melhorar a qualidade de vida:
Alimentação equilibrada e anti-inflamatória: rica em frutas, verduras, legumes, cereais integrais e proteínas magras.
Controle da ingestão de sal e líquidos, especialmente se houver comprometimento renal ou cardíaco.
Atividade física leve (como caminhadas ou alongamentos), ajustada à condição clínica, para manter força muscular e bem-estar.
Sono adequado e manejo do estresse, fundamentais para manter a energia e o sistema imunológico.
Apoio psicológico ou em grupos de pacientes, que pode aliviar a carga emocional da doença.
Nos últimos anos, surgiram medicamentos inovadores, como anticorpos monoclonais e novos inibidores do proteassoma, que estão oferecendo resultados promissores. Em centros especializados, já se fala em terapias personalizadas conforme o perfil genético do paciente.
A amiloidose é uma doença séria, mas não é um caminho sem saída. Com diagnóstico precoce, acompanhamento especializado, adesão ao tratamento e mudanças inteligentes no estilo de vida, é possível preservar funções vitais e viver com mais qualidade. A ciência avança, e com ela cresce a esperança para os portadores dessa condição.