Glândula Pituitária: A Pequena ‘Mestre’ que Controla Todo o Corpo Humano

Publicado por: Feed News
01/10/2025 20:00:00
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Representação anatômica da glândula pituitária, localizada na sela túrcica, no centro do crânio. / Ilustração Cortesia Editorial Ideia
Representação anatômica da glândula pituitária, localizada na sela túrcica, no centro do crânio. / Ilustração Cortesia Editorial Ideia

Apesar de ter o tamanho de uma ervilha, a glândula pituitária controla hormônios vitais e pode desencadear doenças graves quando sofre alterações.

 

A glândula pituitária, também chamada de hipófise, é conhecida como a “glândula-mestra” do corpo humano. Localizada em uma cavidade óssea chamada sela túrcica, no centro do crânio, logo abaixo do cérebro, ela tem apenas o tamanho de uma ervilha, mas desempenha funções vitais, controlando o crescimento, o metabolismo, a reprodução e diversas outras atividades corporais.

 

Estrutura e localização

A hipófise é dividida em dois lobos principais: anterior e posterior.

  • O lobo anterior produz a maioria dos hormônios hipofisários, como o hormônio do crescimento (GH), o hormônio estimulante da tireoide (TSH), os hormônios gonadotróficos (FSH e LH), a prolactina (PRL) e o hormônio adrenocorticotrófico (ACTH).

  • O lobo posterior libera principalmente ocitocina e hormônio antidiurético (ADH), responsáveis pelo controle da contração uterina, lactação e regulação da água no corpo.

Essa pequena estrutura está intimamente ligada ao hipotálamo, formando um sistema essencial para a regulação hormonal.

 

Variações anatômicas

A hipófise pode apresentar alterações naturais de tamanho, como:

  • Aumento durante a puberdade e gravidez, encolhendo após os 50 anos.

  • Hipoplasia (subdesenvolvimento do lobo anterior).

  • Hiperplasia (crescimento excessivo, comum em mulheres jovens).

  • Sela túrcica parcialmente vazia, condição relativamente comum em exames de imagem.

  • Duplicação da hipófise, extremamente rara e associada a malformações.

 

Condições e doenças associadas

Apesar de vital, a glândula pituitária pode ser afetada por tumores ou disfunções:

  • Adenomas hipofisários: tumores benignos, comuns em até 20% das pessoas, podendo ser assintomáticos ou causar dores de cabeça, alterações visuais e desequilíbrios hormonais.

  • Hiperprolactinemia: excesso de prolactina, causando secreção anormal de leite, infertilidade ou impotência.

  • Doença de Cushing: produção excessiva de ACTH, levando a acúmulo de gordura, fraqueza muscular e alterações menstruais.

  • Hipopituitarismo: redução da produção de hormônios, provocando fadiga, infertilidade, queda de libido e alterações metabólicas.

  • Apoplexia hipofisária: condição rara de sangramento súbito em um adenoma, com dor de cabeça intensa e perda visual.

 

Diagnóstico e exames

O endocrinologista pode solicitar:

  • Testes hormonais (GH, ACTH, cortisol, prolactina, TSH, LH, FSH).

  • Testes funcionais como o de supressão com dexametasona ou de estímulo de insulina.

  • Ressonância magnética para avaliar tumores e alterações anatômicas.

 

Tratamentos disponíveis

O tratamento depende do diagnóstico:

  • Cirurgia transesfenoidal (pela cavidade nasal) para retirada de tumores.

  • Radiocirurgia com faca gama e radioterapia modulada (IMRT) em casos específicos.

  • Tratamento medicamentoso para normalizar a produção hormonal.

 

Conclusão

Mesmo pequena, a hipófise é essencial para o equilíbrio de todo o corpo. Alterações nessa glândula podem afetar desde a fertilidade até o metabolismo e o humor. Por isso, sintomas como fadiga persistente, alterações menstruais, impotência, ganho de peso repentino ou problemas de visão devem ser investigados por um endocrinologista.



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