De infecções comuns a doenças raras, a perda auditiva súbita pode ter origens inesperadas que exigem diagnóstico imediato.
A perda auditiva súbita é um sintoma que sempre chama atenção, mas sua causa nem sempre é óbvia. Em cerca de 80% dos casos, o motivo nunca chega a ser identificado. Ainda assim, médicos classificam o problema em duas categorias: condutiva e neurossensorial.
Nesse tipo, algo impede a passagem do som até o ouvido interno. As causas mais comuns são:
Tampão de cera acumulada;
Acúmulo de líquido no ouvido médio;
Lesão no tímpano após trauma ou infecção;
Objeto estranho preso no canal auditivo.
Embora preocupante, a perda auditiva condutiva costuma ter solução rápida quando o bloqueio é removido.
Mais grave e considerada uma emergência, a SSHL envolve falha no funcionamento dos nervos auditivos. Entre as possíveis causas estão:
Infecções virais ou bacterianas, incluindo as do ouvido interno;
Traumatismo craniano ou exposição a ruídos intensos;
Doenças autoimunes, como a síndrome de Cogan;
Tumores, principalmente no nervo que conecta o ouvido ao cérebro;
Doenças neurológicas, incluindo a esclerose múltipla;
Medicamentos ototóxicos, como alguns antibióticos e drogas usadas em quimioterapia.
A presença de zumbido, tontura ou vertigem junto da perda auditiva aumenta a suspeita de causas mais complexas e graves.
O importante é lembrar que, mesmo quando a causa não é identificada, procurar atendimento imediato aumenta as chances de recuperação.
No próximo artigo da série “Quando a Audição Falha”, vamos explicar como é feito o diagnóstico da perda auditiva súbita, incluindo os exames que ajudam a diferenciar cada tipo e identificar o tratamento adequado.