Uma rotina alimentar inteligente pode reduzir inflamações, melhorar o bem-estar e até proteger o sistema nervoso durante o tratamento com bortezomibe.
Durante o tratamento com o protocolo VCD, o corpo passa por intensas reações químicas que exigem suporte nutricional cuidadoso. O paciente relatado segue fielmente uma dieta anti-inflamatória, evitando alimentos industrializados e priorizando opções naturais — atitude que tem contribuído para a manutenção da energia, do humor e da resposta positiva ao tratamento.
A alimentação anti-inflamatória baseia-se em um princípio simples: reduzir o estresse oxidativo e a inflamação celular provocados tanto pela doença quanto pelos medicamentos. Estudos mostram que certos alimentos ajudam o corpo a eliminar toxinas e fortalecem o sistema imunológico, atuando como um verdadeiro “escudo biológico”.
Entre os aliados mais recomendados estão:
Frutas vermelhas e roxas (como mirtilo, amora e uva) – ricas em antioxidantes.
Vegetais crucíferos (brócolis, couve-flor, repolho) – contribuem para a desintoxicação do fígado.
Azeite de oliva extravirgem e abacate – fontes de gorduras boas e anti-inflamatórias.
Cúrcuma e gengibre – reduzem processos inflamatórios e aliviam dores articulares.
Castanhas e sementes – ricas em selênio e ômega-3, que ajudam na regeneração celular.
Por outro lado, alimentos ultraprocessados, açúcares refinados e frituras intensificam o quadro inflamatório e podem agravar sintomas como fadiga e náuseas. Por isso, manter distância dos inflamatórios é uma das estratégias mais poderosas durante a quimioterapia.
O paciente do nosso acompanhamento demonstra que a força não vem apenas dos medicamentos, mas também da disciplina nas pequenas escolhas diárias. Cada copo de vitamina, cada refeição natural, é parte essencial da luta pela recuperação e qualidade de vida.
No próximo artigo, vamos abordar a neuropatia sob o olhar da reabilitação física, mostrando como exercícios simples e alongamentos ajudam a reduzir o formigamento e recuperar a sensibilidade nas extremidades.