Neuropatia Periférica: o Desafio Silencioso da Quimioterapia no Mieloma Múltiplo

Publicado por: Feed News
16/10/2025 18:00:00
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A neuropatia periférica é um dos efeitos adversos mais temidos no tratamento com bortezomibe, mas pode ser controlada com acompanhamento adequado. / Ideia
A neuropatia periférica é um dos efeitos adversos mais temidos no tratamento com bortezomibe, mas pode ser controlada com acompanhamento adequado. / Ideia

Mesmo com avanços no tratamento do mieloma múltiplo, a neuropatia periférica segue como um dos maiores desafios clínicos — e emocionais — para o paciente.

 

Nosso paciente reiniciou, no dia 14, o segundo núcleo do tratamento com o protocolo VCD ( Bortezomibe, Dexametasona e Ciclofosfamida), programado em quatro sessões. Recebeu Zometa, mesmo com níveis de cálcio normais, conforme orientação médica para proteção óssea. Em seguida, foi aplicada a dose de Bortezomibe, e o paciente retornou para casa em boas condições gerais.

 

Durante os dias anteriores, não apresentou dores e manteve sua dieta anti-inflamatória, demonstrando disciplina e adesão ao tratamento. No entanto, começou a relatar os efeitos da neuropatia periférica, um dos eventos adversos mais característicos dessa fase.

 

A neuropatia periférica é uma das principais complicações em pacientes com mieloma múltiplo. Ela pode ser causada tanto pela própria doença quanto pelo uso de agentes neurotóxicos, como o Bortezomibe, um inibidor de proteassoma. Nesses casos, o tipo mais comum é a neuropatia sensorial, caracterizada por formigamento, dormência ou sensações dolorosas nas mãos e pés.

 

Embora possa ser desconfortável, as evidências clínicas mostram que, com ajustes de dose ou pausas temporárias no tratamento, há boas taxas de reversão dos sintomas. Recentemente, estudos demonstraram que a mudança do esquema de aplicação do Bortezomibe de duas vezes por semana para apenas uma mantém a eficácia terapêutica, com redução expressiva dos efeitos adversos.

 

O controle da neuropatia depende de atuação conjunta entre médicos, enfermeiros e fisioterapeutas, com identificação precoce dos sintomas, intervenções rápidas e adaptações individualizadas no tratamento. Essa abordagem multidisciplinar tem sido essencial para preservar a qualidade de vida e garantir que o paciente siga firme até o final do protocolo.

 

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No próximo artigo, vamos explicar como a alimentação anti-inflamatória pode ajudar a reduzir os efeitos colaterais da quimioterapia, trazendo recomendações práticas para quem está em tratamento e busca equilíbrio no dia a dia.

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