Relatório da OMS expõe o avanço das doenças cerebrais e mostra quais são as mais devastadoras — e o que pode ser feito para evitá-las.
O cérebro humano é a estrutura mais complexa do universo conhecido — e também uma das mais vulneráveis. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 3 bilhões de pessoas convivem hoje com algum tipo de doença neurológica, e o número cresce a cada década.
Entre os fatores mais alarmantes estão o envelhecimento populacional, o estresse crônico, os hábitos alimentares inadequados, o uso excessivo de telas, a poluição e o sedentarismo.
As 10 doenças neurológicas mais prevalentes revelam o tamanho desse desafio:
Causa número um de incapacidade neurológica e uma das principais causas de morte no planeta.
Fatores de risco: hipertensão, tabagismo, sedentarismo, diabetes e má alimentação.
Prevenção: controlar a pressão arterial e manter hábitos saudáveis reduz o risco em até 80%.
Afetam mais de 55 milhões de pessoas em todo o mundo.
Causas: envelhecimento, predisposição genética e inflamações crônicas.
Prevenção: exercícios mentais, sono de qualidade, atividade física e alimentação rica em ômega-3.
Mais de 1 bilhão de pessoas sofrem de enxaqueca, que causa dor intensa e incapacitante.
Causas: desequilíbrio hormonal, estresse, privação de sono e alimentação industrializada.
Prevenção: rotina regular de sono e redução do consumo de ultraprocessados.
Afeta cerca de 50 milhões de pessoas.
Causas: lesões cerebrais, infecções, fatores genéticos ou desconhecidos.
Prevenção: vacinação, cuidados na gestação e controle de infecções reduzem casos evitáveis.
Dano nos nervos causado pela glicose alta no sangue, comum em diabéticos.
Prevenção: controle rigoroso da glicemia, dieta equilibrada e acompanhamento médico contínuo.
Doença autoimune que destrói a bainha protetora dos neurônios.
Sintomas: fadiga intensa, perda de equilíbrio e fraqueza muscular.
Tratamento: terapias imunológicas e fisioterapia reduzem a progressão.
Afetam milhões de crianças e adultos em todo o mundo.
Causas: combinação de fatores genéticos e ambientais.
Prevenção: acompanhamento precoce e inclusão social garantem melhor desenvolvimento.
Doença degenerativa que compromete o controle dos movimentos.
Prevenção: não há cura, mas hábitos como boa alimentação e atividade física regular ajudam a retardar os sintomas.
Infecção grave das membranas cerebrais, ainda fatal em regiões com poucos recursos.
Prevenção: vacinação é a principal forma de evitar a doença.
Afetam milhões de pessoas, desde tumores benignos até malignos.
Prevenção: evitar exposição a radiações e substâncias tóxicas, e buscar diagnóstico precoce.
Por trás dessas estatísticas há um custo humano incalculável.
Milhões de famílias são arrastadas para anos de cuidados, internações e sofrimento. E a carga emocional recai, em sua maioria, sobre mulheres cuidadoras, que enfrentam jornadas exaustivas sem apoio do Estado.
A OMS alerta: o mundo está diante de um colapso neurológico iminente.
A solução passa pela prevenção, diagnóstico precoce, combate ao estigma e investimento em políticas públicas de saúde cerebral.
Enquanto isso, cada um de nós pode começar cuidando da própria mente — e incentivando outros a fazer o mesmo.
No próximo artigo da TV Saúde: “Por que o Cérebro Humano Está Colapsando? Como a Era Digital Está Acelerando o Declínio Neurológico da Humanidade.”