Com sintomas discretos e muitas vezes ignorados, os linfomas estão entre os cânceres que mais crescem no país. Entenda como identificá-los a tempo.
Entenda o que são os linfomas, como surgem e por que estão se tornando mais comuns em todas as idades
Muitas pessoas convivem com o inchaço de ínguas, cansaço inexplicável, suor noturno e perda de peso sem imaginar que podem estar diante de algo grave: um linfoma, tipo de câncer que afeta diretamente o sistema linfático, parte essencial da defesa do corpo humano.
A recente notícia de que o cantor Netinho, de Salvador, está enfrentando um linfoma e fará um transplante de medula óssea trouxe à tona uma doença que cresce de forma silenciosa — e perigosa. Mas afinal, o que são os linfomas?
O que é um linfoma?
Linfoma é o nome dado aos cânceres que se originam nos linfócitos, células de defesa que circulam pelo corpo através do sistema linfático. Esse sistema é composto por vasos, linfonodos (ínguas), baço, timo e medula óssea, funcionando como uma malha de proteção contra infecções.
Existem dois tipos principais de linfoma:
Linfoma de Hodgkin: mais raro, mas com taxas altas de cura, principalmente em jovens.
Linfoma não Hodgkin: mais comum e com diversas variações, exigindo diagnóstico preciso e tratamentos específicos.
Sinais de alerta: quando procurar um médico?
Muitos sintomas são sutis, e por isso, o linfoma pode ser confundido com viroses, alergias ou outras infecções. Fique atento aos seguintes sinais persistentes:
Inchaço de gânglios (ínguas) no pescoço, axilas ou virilhas
Suores noturnos intensos
Febre recorrente sem causa aparente
Cansaço extremo
Perda de peso não intencional
Coceiras no corpo
Falta de apetite
Se você notar mais de um desses sintomas por mais de 2 semanas, é essencial buscar uma avaliação médica, preferencialmente com um hematologista.
Por que os linfomas estão aumentando?
O aumento dos casos pode estar ligado a diversos fatores:
Melhor acesso ao diagnóstico, o que revela mais casos antes despercebidos
Estilo de vida moderno, com exposição a substâncias tóxicas e imunossupressoras
Envelhecimento da população
Doenças virais, como o vírus Epstein-Barr e o HIV, que aumentam o risco
Além disso, a baixa percepção da população sobre sintomas hematológicos agrava o cenário: muitos pacientes só descobrem o linfoma em estágios avançados.
Como é feito o tratamento?
O tratamento depende do tipo e estágio do linfoma, e pode envolver:
Quimioterapia
Radioterapia
Imunoterapia
Transplante de medula óssea (autólogo ou alogênico)
Com diagnóstico precoce e adesão ao tratamento, as chances de cura são elevadas, especialmente nos casos de linfoma de Hodgkin.
Informação salva vidas
Casos como o de Netinho são dolorosos, mas também educativos. Eles chamam atenção para doenças sérias que, se descobertas a tempo, podem ser tratadas com sucesso.
A TV Saúde reforça seu compromisso de informar com clareza, humanidade e responsabilidade. Se você ou alguém próximo apresenta sintomas suspeitos, não ignore. A prevenção e o diagnóstico precoce ainda são os melhores aliados contra o câncer.
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