Entrevista Expressa: Dra. Natália Gomide e os Desafios das Arritmias Cardíacas

Entrevista Expressa: Entenda as causas, tratamentos e avanços no campo das arritmias cardíacas com a especialista Dra. Natália Gomide

Repórter: Dra. Natália, muito obrigado por nos conceder essa entrevista. Para começar, gostaríamos de saber um pouco mais sobre sua trajetória. Como foi o seu caminho até a cardiologia e, mais especificamente, a especialização em arritmias?

Dra. Natália Gomide: Eu me formei em 2017 e logo após a residencia, ingressei no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto (HCRP), um dos maiores centros de cardiologia do Brasil, para a minha especialização. A decisão em arritmias foi uma escolha motivada pela complexidade dessa área, que exige tanto precisão no diagnóstico quanto no tratamento. Além disso, eu cresci ao lado de meu pai, que também é médico cardiologista, e ele sempre foi uma grande inspiração para mim, tanto na vida pessoal quanto na carreira.

Repórter: Que interessante! Você mencionou a complexidade das arritmias. Quais são os maiores desafios dessa especialização e como você lida com as diferentes situações que surgem?

Dra. Natália Gomide: O maior desafio é que as arritmias podem ser muito variadas. Alguns casos são simples de tratar e podem ser resolvidos com medicamentos ou até mesmo com intervenções mais simples. Outros, no entanto, são mais complicados, exigem tratamentos mais invasivos e podem não ter cura. É um campo que exige muita atenção e, principalmente, personalização no tratamento de cada paciente.

Repórter: E no dia a dia dos pacientes, como as arritmias impactam suas vidas?

Dra. Natália Gomide: As arritmias podem afetar a qualidade de vida de muitas formas. Pacientes podem sentir palpitações, cansaço excessivo, ou até mesmo desmaios, o que pode limitar bastante suas atividades cotidianas. A orientação para que adotem um estilo de vida saudável, evitem o estresse e realizem acompanhamento regular é crucial para o controle da doença.

Repórter: Sobre o tratamento, há casos em que as arritmias podem ser curadas? Como você trabalha com os casos mais difíceis?

Dra. Natália Gomide: Sim, existem arritmias que podem ser controladas com sucesso. Porém, há aquelas que requerem uma abordagem mais agressiva e, em alguns casos, tratamentos como ablação ou até o uso de dispositivos como marcapassos e desfibriladores. Em situações mais graves, podemos oferecer tratamentos paliativos para melhorar a qualidade de vida, mesmo sem cura.

Repórter: Quais são as pesquisas mais recentes que você tem acompanhado sobre arritmias?

Dra. Natália Gomide: Uma das áreas mais promissoras é a pesquisa sobre dispositivos implantáveis mais avançados, que ajudam a monitorar a condição do paciente em tempo real. Também há muitos estudos focados em novos medicamentos que podem ajudar a controlar as arritmias de forma mais eficaz, com menos efeitos colaterais.

Repórter: Para finalizar, Dra. Natália, o que o público pode esperar desta série sobre arritmias que está por vir?

Dra. Natália Gomide: Nesta série, vamos abordar de forma clara e acessível os diferentes tipos de arritmias, seus tratamentos e as inovações mais recentes na cardiologia. Também quero compartilhar dicas para o controle da saúde cardíaca, especialmente para aqueles que vivem com arritmias. O objetivo é esclarecer as dúvidas mais comuns e trazer esperança para quem lida com essa condição.

Repórter: Agradecemos muito pela sua participação, Dra. Natália e por fornecer seu Intagram aos nossos leitores. E para os nossos leitores, fiquem ligados no próximo artigo da série, onde a Dra. Natália abordará como identificar os sintomas mais comuns das arritmias e como o diagnóstico precoce pode mudar o tratamento. Não percam!