O câncer de pele mais perigoso do mundo não escolhe lugar para surgir — nem idade, nem órgão. Médicos respondem as perguntas mais importantes sobre o melanoma e os avanços que estão mudando seu tratamento.
O melanoma é um tipo de câncer de pele que se origina nos melanócitos, células responsáveis pela pigmentação. Ao contrário de outros cânceres de pele, como o basocelular e o espinocelular, o melanoma é extremamente agressivo e tem alto potencial de metástase, podendo atingir órgãos vitais como pulmões, fígado, cérebro e até o coração.
O melanoma pode ocorrer na pele (forma mais comum), nas mucosas (boca, trato urinário, vagina) e nos olhos. Esses casos são mais difíceis de detectar, principalmente os melanomas mucosos, que são mais comuns em asiáticos e afrodescendentes.
Não. Em 80% dos casos, ele surge em pele aparentemente limpa. Apenas de 20% a 25% dos melanomas resultam da transformação de pintas ou nevos antigos.
A regra do "patinho feio" é uma das mais eficazes: qualquer mancha, pinta ou verruga que seja diferente das outras deve ser examinada. Mudanças de cor, formato irregular, bordas assimétricas, crescimento rápido ou sangramento são sinais críticos.
Não, e é isso que o torna tão traiçoeiro. Na maioria das vezes, não dói, coça ou incomoda. Por isso, o diagnóstico depende da observação visual cuidadosa.
Pessoas com pele clara, ruivas ou loiras, com histórico de queimaduras solares, maior exposição à radiação ultravioleta, e homens acima dos 50 anos. Também há risco aumentado para quem já teve melanoma ou tem familiares com histórico da doença.
Sim: evitar exposição solar excessiva, especialmente entre 10h e 16h, usar protetor solar com alto fator de proteção e fazer autoexames regulares da pele. Consultas dermatológicas periódicas são fundamentais.
Hoje, a imunoterapia e a terapia alvo (direcionada) revolucionaram o tratamento, especialmente nos estágios III e IV. A imunoterapia "ensina" o sistema imunológico a atacar o tumor, enquanto a terapia alvo age diretamente em mutações específicas como a BRAF.
Praticamente não. Ela foi superada por terapias mais eficazes e menos tóxicas.
Na estabilização, o câncer para de avançar. Na remissão, ele desaparece completamente. Ambas as situações são possíveis com os tratamentos modernos.
Sim, especialmente se o tratamento for interrompido ou se houver resistência aos medicamentos. Por isso, o acompanhamento contínuo é indispensável.
Ainda não, mas pesquisas com vacinas de mRNA estão em andamento. Ainda estão em fase experimental, sem aplicação clínica imediata.
No próximo conteúdo da TV Saúde:
“Diagnóstico Precoce de Melanoma: Como Saber se Aquela Mancha é Perigosa?” – Um guia visual com exemplos, dicas de dermatologistas e o que esperar na consulta.