Diagnóstico de Neoplasia Plasmocitária: Quando o Corpo Produz Células em Excesso e em Silêncio

Publicado por: Feed News
13/05/2025 15:58:55
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Ilustração Cortesia Editorial Ideia
Ilustração Cortesia Editorial Ideia

Exame imuno-histoquímico revela proliferação anormal de células produtoras de anticorpos com restrição para cadeia leve kappa — alerta para diagnóstico de mieloma múltiplo ou plasmocitoma.

 

Você ouviu falar em "neoplasia plasmocitária"? Trata-se de uma condição em que o organismo passa a produzir, de forma descontrolada, um tipo específico de célula do sistema imunológico: o plasmócito. Essas células, que normalmente ajudam a defender o corpo, podem se tornar malignas — e silenciosamente causar danos significativos aos ossos, rins e ao sangue.

Recentemente, um exame chamado imuno-histoquímica foi fundamental para diagnosticar uma proliferação anormal de plasmócitos com um comportamento específico: todos expressavam apenas a cadeia leve Kappa, e não a Lambda, o que indica uma expansão clonalou seja, uma população de células idênticas, sinal claro de câncer do sangue, como o mieloma múltiplo.

 

Entenda o exame:

O painel imuno-histoquímico revelou:

  • CD138 positivo: confirma que as células analisadas são plasmócitos.

  • Cadeia Kappa positiva / Lambda negativa: demonstra restrição clonal, uma característica comum em tumores hematológicos.

  • Ki-67 positivo em 30% das células: indica uma taxa considerável de proliferação, o que pode sugerir um comportamento agressivo.

  • Outros marcadores como CD20, CD3 e AE1/AE3 estavam negativos, ajudando a excluir linfomas ou carcinomas.

 

O que isso significa?

Esse perfil é típico de neoplasias plasmocitárias, grupo de doenças que inclui:

  • Plasmocitoma solitário (um único tumor)

  • Mieloma múltiplo (doença sistêmica, mais comum)

Ambas merecem atenção urgente, pois o diagnóstico precoce pode prolongar a vida e preservar a qualidade dela.

 

O próximo passo:

Quando esse tipo de padrão é identificado, os médicos solicitam:

  • Exames de sangue e urina, em busca de proteínas anormais (como o famoso "componente M")

  • Biópsia da medula óssea

  • Exames de imagem, como raio-x e ressonância, para detectar possíveis lesões nos ossos.

 

Conclusão:

O corpo muitas vezes avisa — precisamos saber onde e como escutar. A imuno-histoquímica é um desses "ouvidos" da medicina moderna, revelando detalhes que os olhos comuns não veem. Identificar uma neoplasia plasmocitária com cadeia leve Kappa pode ser o primeiro passo para salvar uma vida.

 

Convite para o próximo artigo:

No próximo conteúdo da TV Saúde: Mieloma Múltiplo: O Câncer Invisível que se Esconde nos Ossos”vamos explicar como essa doença se desenvolve, seus primeiros sinais e o que os exames podem revelar antes que os sintomas apareçam. Acompanhe!

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