Fadiga mental, formigamentos, lapsos de memória e tonturas podem não ser doenças graves, mas sim reflexo do estresse crônico no cérebro. Saiba como diferenciar.
Em tempos acelerados, o estresse crônico se tornou um vilão silencioso da saúde neurológica. O que poucos sabem é que, quando contínuo e não tratado, ele pode imitar com perfeição os sintomas de doenças graves como AVCs, tumores, epilepsias e até esclerose múltipla.
Pacientes chegam aos consultórios com formigamentos, tonturas, falhas de memória, alterações de fala e até crises de choro ou confusão mental — e muitos desses quadros, após investigação, revelam ser manifestações do estresse extremo.
O cérebro sob estresse entra em estado de alerta constante, liberando hormônios como cortisol e adrenalina, que alteram o funcionamento de diversas áreas cerebrais, incluindo o sistema límbico e o córtex pré-frontal. Isso afeta a memória, o humor, a tomada de decisões e até o equilíbrio físico.
De acordo com neurologistas, esse quadro pode gerar "pseudoneurologias", ou seja, sintomas reais sem causa estrutural visível. É por isso que tantos pacientes fazem ressonância, tomografia e exames laboratoriais sem encontrar explicações — quando, na verdade, o corpo está em colapso devido ao esgotamento emocional.
Diferenciar ansiedade, burnout e distúrbios neurológicos reais exige acompanhamento cuidadoso e multidisciplinar. O risco de erro diagnóstico existe dos dois lados: tanto o de ignorar um problema neurológico verdadeiro, quanto o de supermedicar uma pessoa com estresse severo.
A chave está na escuta ativa, na avaliação clínica completa e no cuidado integrado entre neurologistas, psiquiatras e psicólogos.
Cuide do seu cérebro. Ele pode estar pedindo socorro sem que você perceba.
No próximo conteúdo especial da TV Saúde:
“Ansiedade ou Doença Neurológica? Quando Buscar um Neurologista Mesmo Sem Dor Física” — conheça os sinais que exigem atenção médica imediata.