Exercícios simples, como caminhar, podem estabilizar a glicemia, prevenir complicações do diabetes e até evitar a progressão da doença. Descubra como incorporar esses hábitos na sua rotina.
TV Saúde explica como pequenas mudanças podem transformar a realidade do diabético e prevenir novos casos
Diabetes tipo 2 deixou de ser um diagnóstico distante. É uma condição presente na vida de milhões de brasileiros – muitos ainda sem saber. Mas há boas notícias: com pequenas atitudes diárias, como 5 minutos de caminhada, é possível frear essa doença silenciosa.
Um estilo de vida sedentário é hoje um dos maiores gatilhos para o descontrole glicêmico. Pesquisa recente mostra que quase 60% dos brasileiros passam a maior parte do dia sentados, enquanto outros 30% admitem não se exercitar regularmente. A consequência? Metabolismo lento, glicemia alterada e, em muitos casos, o início da resistência à insulina.
Você sente sono ou irritação após comer? Pode ser o açúcar te avisando.
Mesmo sem diagnóstico de diabetes, flutuações nos níveis de glicose podem ser detectadas por sintomas leves: sonolência pós-refeição, vontade repentina de doces ou cansaço excessivo. Esses sinais são indicativos de que a insulina pode estar deixando de cumprir seu papel.
A resistência à insulina é quando as células do corpo deixam de responder à insulina corretamente. O pâncreas, então, trabalha mais para compensar, até que se esgota. E aí o diagnóstico de diabetes aparece. Mas nessa fase intermediária, a reversão ainda é possível.
Monitorar a glicose: mesmo sem diagnóstico, é fundamental
Segundo endocrinologistas, acompanhar a glicemia de forma preventiva pode evitar o surgimento da doença. Um simples teste semanal já ajuda a entender os efeitos dos alimentos e hábitos no organismo.
Mais importante do que contar calorias, é equilibrar proteínas, gorduras e carboidratos. Dietas com baixo teor de fibra e excesso de carboidratos rápidos são bombas para o pâncreas.
A solução está no movimento: o poder da caminhada
Entre todas as estratégias, uma se destaca: atividade física leve e constante.
Estudos publicados no American Medical Journal revelam que 10 minutos de caminhada após uma refeição podem reduzir os picos de glicemia em até 22%.
Se não puder caminhar 10 minutos, 2 a 5 minutos de deslocamento leve já fazem diferença.
Mas a palavra-chave é regularidade. Não é preciso correr maratonas, mas 3 a 5 sessões semanais de 30 a 60 minutos de atividade moderada já melhoram a sensibilidade à insulina.
Dê preferência a uma combinação de:
Caminhada, bicicleta, natação (exercício aeróbico leve)
Agachamentos, flexões, ou exercícios com peso corporal (força)
Treinos intervalados (HIIT), com orientação
Atenção: nem todo mundo pode se exercitar logo após comer
Pessoas com hipoglicemia, doenças cardíacas, refluxo ou outras condições gastrointestinais devem ter cautela. Exercícios após refeições podem causar mal-estar ou queda excessiva da glicemia.
Sempre consulte um médico antes de mudar sua rotina, principalmente se você já usa insulina ou hipoglicemiantes.
No próximo artigo da TV Saúde: “O Poder do Prato: Alimentos Que Reduzem a Glicemia Naturalmente” — descubra quais ingredientes ajudam o seu corpo a controlar o açúcar no sangue sem precisar de medicamentos.