Por que Lembramos de Certos Momentos e Esquecemos Outros? A Ciência Explica

Cientistas revelam por que nosso cérebro seleciona determinadas lembranças e apaga outras: emoção é o grande filtro da memória.

Você já se perguntou por que lembra nitidamente do seu primeiro beijo, mas esqueceu o que almoçou há dois dias? Ou por que certas fases da vida parecem ter sido “apagadas”, enquanto outras são lembradas com riqueza de detalhes? A resposta está na forma como nosso cérebro associa memória à emoção.

De acordo com pesquisas em neurociência cognitiva, eventos que provocam emoções fortes – positivas ou negativas – são mais facilmente armazenados na memória de longo prazo. Isso ocorre porque estruturas cerebrais como a amígdala e o hipocampo trabalham em conjunto para reforçar a lembrança sempre que há uma carga emocional envolvida.

Além disso, o cérebro prioriza momentos que envolvem novidade, desafio ou risco. É por isso que viagens inesquecíveis, mudanças importantes, conquistas ou traumas são tão vívidos em nossa mente. Já os períodos rotineiros, por mais duradouros que sejam, muitas vezes se tornam uma “névoa” em nossa linha do tempo mental.

Essa seleção natural das memórias também explica por que envelhecemos com a sensação de que a juventude passou rápido demais: foram tempos marcados por primeiras experiências e descobertas intensas. Por outro lado, décadas de repetição e estabilidade tendem a deixar menos registros na memória consciente.

Portanto, cultivar experiências novas, emocionantes e significativas não apenas enriquece a vida como também a torna mais memorável. E se algumas lembranças se apagaram, não é sinal de desinteresse, mas sim da forma como nosso cérebro otimiza o que vale a pena guardar.

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No próximo artigo da série, vamos mostrar como criar memórias duradouras mesmo em meio à rotina, com dicas práticas baseadas na neurociência para transformar o comum em inesquecível. Fique com a gente!