Você Come Muitos Alimentos Ultraprocessados? Estudo Global Mostra que Eles Aumentam o Risco de Morte Prematura

Nova pesquisa internacional revela que comer ultraprocessados com frequência encurta a vida — e aponta que o Brasil ainda tem os menores índices entre oito países analisados.

Um novo e alarmante estudo publicado no American Journal of Preventive Medicine revelou que comer alimentos ultraprocessados aumenta o risco de morte prematura.

De acordo com os pesquisadores, a cada aumento de 10% na proporção de ultraprocessados na dieta, o risco de morrer precocemente cresce em cerca de 3%.

Os dados foram analisados a partir de levantamentos nutricionais e registros de mortalidade de oito países: Austrália, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, México, Reino Unido e Estados Unidos.

Os alimentos ultraprocessados são produtos prontos para consumo, ricos em aditivos químicos, corantes, emulsificantes e adoçantes artificiais. Entre os exemplos mais comuns estão refrigerantes, cereais açucarados, biscoitos, doces, pães industrializados e iogurtes saborizados.

“Descobrimos que, para cada aumento de 10% nas calorias provenientes de ultraprocessados, o risco de morte prematura sobe quase 3%”, explicou o pesquisador brasileiro Carlos Augusto Monteiro, coautor do estudo, em entrevista à CNN.

 

A pesquisa identificou diferenças expressivas entre países. O Brasil e a Colômbia registraram as menores taxas de mortalidade associadas ao consumo desses produtos, enquanto Canadá, Estados Unidos e Reino Unido apresentaram os maiores índices.

Segundo o pesquisador Eduardo Nilsson, também autor do estudo,

“há uma necessidade urgente de políticas que incentivem a redução do consumo de alimentos ultraprocessados, promovendo padrões alimentares tradicionais baseados em alimentos frescos e de origem local”.

 

Essa não é a primeira vez que a ciência aponta os riscos dos ultraprocessados. Um estudo anterior, de fevereiro de 2024, mostrou que o consumo elevado desses produtos aumenta em até 50% o risco de morte por doenças cardiovasculares, 53% o risco de ansiedade e transtornos mentais, e 12% o risco de desenvolver diabetes tipo 2.

O que isso significa para a sua saúde

A pesquisa reforça que a alimentação moderna está cada vez mais distante do natural.
Reduzir o consumo de ultraprocessados significa reduzir o risco de morrer mais cedo — e viver com mais qualidade.
A recomendação é clara: prefira alimentos in natura e minimamente processados, como frutas, verduras, legumes, grãos integrais e preparações caseiras.

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