O negócio do câncer: quando a indústria molda tratamentos e esquece a prevenção

Publicado por: Feed News
17/09/2025 09:57:57
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O contraste entre a indústria bilionária do câncer e a prevenção barata ignorada. / Ilustração Cortesia Editorial Ideia
O contraste entre a indústria bilionária do câncer e a prevenção barata ignorada. / Ilustração Cortesia Editorial Ideia

Bilhões em lucro com tratamentos prolongados, enquanto estratégias simples e eficazes de prevenção seguem invisíveis nos hospitais.

 

O câncer é, sem dúvida, uma das doenças mais temidas e desafiadoras da humanidade. Mas, ao lado da luta pela cura, existe uma realidade incômoda: o câncer também é um negócio bilionário.

Em 2024, o mercado global de medicamentos oncológicos ultrapassou a marca de US$ 200 bilhões por ano. Novas drogas de imunoterapia chegam a custar até R$ 50 mil por dose no Brasil. Já a prevenção, muitas vezes baseada em alimentação saudável, atividade física e redução de fatores de risco, segue relegada a campanhas discretas e pouco investimento.

 

Por que curar não é tão interessante?

Para a indústria farmacêutica, cada paciente em tratamento representa receita recorrente:

  • Quimioterapias aplicadas em ciclos longos.

  • Remédios de suporte para efeitos colaterais.

  • Internações hospitalares frequentes.

Esse modelo gera um paradoxo: quanto mais o tratamento se prolonga, mais cresce o faturamento. Em contrapartida, medidas de prevenção — como incentivar o consumo de alimentos naturais, restringir ultraprocessados e estimular hábitos saudáveis — não geram lucros, embora pudessem evitar até 40% dos casos de câncer, segundo o World Cancer Research Fund.

 

O SUS no meio desse dilema

Enquanto a indústria lucra, o Sistema Único de Saúde (SUS) arca com os custos crescentes do tratamento. Ou seja: o Estado paga caro por terapias que poderiam ser parcialmente evitadas com políticas públicas mais firmes de prevenção. O resultado é um sistema sobrecarregado, onde milhões aguardam exames e cirurgias enquanto bilhões são drenados para medicamentos caríssimos.

 

Quem perde e quem ganha

  • Ganha a indústria farmacêutica, que mantém margens altíssimas de lucro.

  • Perdem o SUS, os contribuintes e, sobretudo, os pacientes, que muitas vezes não recebem sequer uma aula sobre nutrição ou prevenção.

 

Reflexão final

O câncer precisa ser tratado como um problema de saúde e não como uma oportunidade de negócio. A pergunta que fica é: queremos realmente combater o câncer ou apenas administrá-lo como um mercado em expansão?

 

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No próximo artigo da TVSaude.Org: “Histórias de quem venceu o câncer com apoio da nutrição e mudanças de hábitos”

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