De quimioterapias a mudanças alimentares, de medicamentos a terapias complementares: um novo modelo de cuidado oncológico já começa a nascer no mundo.
O tratamento do câncer sempre foi marcado por terapias agressivas: cirurgias, quimioterapia e radioterapia. Todas fundamentais, mas muitas vezes devastadoras para o corpo e a mente. Hoje, porém, cresce um movimento internacional que aponta para um futuro diferente: a oncologia integrativa.
Trata-se de um modelo que une o melhor da medicina convencional com abordagens complementares e comprovadas cientificamente, como:
Nutrição personalizada, voltada para reduzir inflamações e fortalecer o organismo.
Atividade física supervisionada, que melhora a resposta ao tratamento e reduz fadiga.
Terapias mente-corpo, como meditação, yoga e respiração, que ajudam a controlar estresse e ansiedade.
Suporte com fitoterápicos e suplementos, quando validados por pesquisas e acompanhados por médicos.
Esse conceito já é aplicado em grandes centros médicos de referência, como o MD Anderson Cancer Center (EUA) e o Memorial Sloan Kettering (EUA), que têm departamentos específicos para oncologia integrativa.
Coloca o paciente no centro – em vez de tratar apenas o tumor, cuida-se da pessoa como um todo.
Reduz efeitos colaterais – ao integrar nutrição e terapias de suporte, muitos sintomas são minimizados.
Melhora a qualidade de vida – pacientes relatam mais energia, menos dor e maior bem-estar.
Pode reduzir custos – fortalecendo o corpo, há menos complicações e internações.
No SUS e na maioria dos hospitais privados, a oncologia ainda é fragmentada: cada especialista atua isolado. Médicos prescrevem quimio, nutricionistas aparecem apenas em casos extremos e terapias complementares raramente são consideradas.
Para que o modelo integrativo se torne realidade, é necessário investimento, formação de equipes multiprofissionais e, principalmente, quebra de paradigmas.
O futuro da luta contra o câncer não está em excluir a medicina tradicional, mas em integrar forças. Nutrição, atividade física e terapias complementares devem caminhar lado a lado com medicamentos e cirurgias.
Quando ciência e humanidade se unem, o paciente deixa de ser apenas um número e passa a ser protagonista da sua própria cura.
No próximo artigo da TVSaude.Org: “Por que o SUS deveria investir em nutrição oncológica: benefícios, economia e impacto social interessam?”