IA médica da Microsoft diagnostica 4x mais que médicos e custa 20% menos

Sistema Microsoft MAI Diagnostic Orchestrator acerta 4 vezes mais que especialistas humanos e poderá ser integrado ao Copilot e Bing em breve.

A Microsoft anunciou resultados surpreendentes em sua mais recente pesquisa na área de saúde. Seu sistema de inteligência artificial, batizado de MAI Diagnostic Orchestrator, demonstrou ser quatro vezes mais preciso que médicos humanos no diagnóstico de casos clínicos complexos – e tudo isso a um custo 20% menor.

A tecnologia atua como um consilium digital, reunindo diversos modelos de IA como ChatGPT, Gemini e Grok, cada um com uma função específica no processo: desde a triagem dos sintomas até a validação final do diagnóstico. Em testes com 304 casos reais publicados no New England Journal of Medicine, o sistema acertou 80% dos diagnósticos, contra apenas 20% de acerto entre médicos com até 20 anos de experiência.

O modelo o3, da OpenAI, se destacou com uma taxa de acerto impressionante de 85,5%, evidenciando seu potencial como ferramenta clínica de apoio à decisão médica. Além disso, a IA conseguiu reduzir os custos totais em 20% ao optar por exames e condutas mais eficazes e econômicas.

Segundo a Microsoft, essa tecnologia poderá em breve ser incorporada ao Copilot e ao mecanismo de busca Bing, permitindo que usuários recebam orientações de saúde com precisão sem sair de casa. Mustafa Suleyman, CEO da divisão de IA da Microsoft, classificou o avanço como "um passo genuíno em direção à superinteligência médica."

Apesar do entusiasmo, especialistas alertam para os limites da IA, ressaltando que os sistemas ainda carecem da vivência prática e do julgamento humano, especialmente em situações ambíguas ou com múltiplas variáveis emocionais e sociais.

O anúncio ocorre em meio a tensões entre Microsoft e OpenAI. Divergências sobre os rumos da parceria estão chegando a um “ponto de ebulição”, com rumores de que a equipe do ChatGPT pode acusar a empresa de práticas anticompetitivas.

Outro reflexo da transformação digital: mais de 52 mil profissionais de TI já foram demitidos em 2025, em parte pelo avanço da IA, que vem substituindo tarefas rotineiras como escrita de códigos e execução de testes.