Ele não causa dor no peito, nem irradia para o braço — mas destrói músculos cardíacos de forma irreversível. Conheça o infarto que não avisa e por que ele está se tornando cada vez mais comum.
Você sabia que é possível sofrer um infarto e não perceber? O chamado infarto silencioso é mais comum do que se imagina — e extremamente perigoso. Ele não apresenta os sintomas clássicos de dor aguda no peito, suor frio ou sensação de morte iminente. Em vez disso, seus sinais são sutis: um mal-estar leve, uma indisposição repentina, um cansaço inexplicável, tontura ou apenas uma sensação de “algo estranho”.
Esses sinais são muitas vezes ignorados, mas as consequências não: cicatrizes permanentes no músculo cardíaco e risco aumentado de morte súbita.
O infarto silencioso é mais comum em pessoas com diabetes mellitus, já que a neuropatia diabética pode reduzir a sensibilidade à dor, mascarando completamente a gravidade do evento. Idosos, mulheres e pessoas com histórico familiar também apresentam maior risco.
Muitos desses casos só são descobertos após exames de rotina, como o eletrocardiograma (ECG) ou ressonância magnética cardíaca. Em alguns, a confirmação ocorre apenas durante uma internação por outro motivo ou até mesmo em uma autópsia.
O perigo maior é que, por não causar alarme, o paciente não procura ajuda imediata — perdendo a janela de ouro para evitar sequelas ou um novo infarto. Estudos mostram que o infarto silencioso pode dobrar as chances de morte nos anos seguintes, principalmente se não houver reabilitação cardíaca e controle rigoroso dos fatores de risco.
Como se proteger?
Faça check-ups regulares, especialmente se você é diabético ou tem pressão alta.
Peça ao seu médico um eletrocardiograma e, se necessário, exames mais específicos como o Holter ou a tomografia das coronárias.
Não ignore sinais como cansaço súbito, dores nas costas, náusea sem causa aparente, desânimo e sudorese leve.
Alimente-se bem, evite o estresse crônico e pratique atividades físicas com supervisão médica.
A boa notícia é que o infarto silencioso pode ser prevenido e, quando identificado a tempo, tratado com sucesso. Mas para isso, é preciso ouvir o corpo — mesmo quando ele não grita.
Convite para o próximo artigo:
No próximo conteúdo, vamos revelar como diferenciar as dores cardíacas das dores musculares, gástricas e nervosas — e quando cada uma deve ser tratada como emergência.