Para Kazuko, dançar é mais que lazer — é o segredo para manter a mente afiada, o corpo leve e o espírito jovem. E a ciência confirma: movimentar-se ao som da música protege o cérebro
Kazuko Yamashita, uma japonesa de 106 anos, virou destaque em seu bairro e nas redes sociais japonesas por um motivo encantador: todos os dias, ela dança sozinha. Sem plateia, sem coreografia fixa, apenas uma música e um corpo em movimento leve — mas contínuo.
Essa rotina silenciosa, realizada no conforto de casa, tornou-se o que ela chama de “seu ritual de conexão com a vida”. Mesmo sem saber, Kazuko pratica uma das atividades mais recomendadas por especialistas para preservar o cérebro e o corpo durante o envelhecimento.
Estudos científicos apontam que dançar regularmente:
Ativa áreas do cérebro ligadas à memória e à linguagem
Estimula a coordenação motora e o equilíbrio
Reduz o risco de demência em até 76%
Diminui níveis de cortisol, o hormônio do estresse
Libera dopamina e serotonina, melhorando o humor
Para ela, mais do que um exercício, a dança é expressão emocional, liberdade e alegria. “Não importa o ritmo. Meu corpo dança como se ainda tivesse 30 anos”, brinca Kazuko.
Além da dança, sua rotina inclui alimentação moderada, leitura de jornais impressos, cuidado com plantas e pequenos afazeres manuais. “Mas é quando danço que me sinto viva”, afirma.
Sua história vem sendo usada em programas de incentivo à longevidade saudável no Japão, país com uma das populações mais velhas e mais saudáveis do mundo. Kazuko é mais um exemplo vivo de que movimento, prazer e consistência são ingredientes reais para uma vida longa e cheia de lucidez.