Ultraprocessados Matam em Silêncio: Estudo Expõe Risco Real de Morte Prematura
Apesar da massificação de alertas, os erros se repetem. O consumo desenfreado de alimentos ultraprocessados segue em alta — e agora um novo estudo reforça, com dados concretos, um perigo já conhecido: o risco elevado de morte prematura entre os que baseiam sua dieta nesses produtos.
Esses alimentos, que dominam as prateleiras de supermercados e as refeições rápidas de milhões de pessoas ao redor do mundo, contêm aditivos químicos, excesso de sal, açúcar e gorduras. A ingestão constante está associada a doenças cardiovasculares, obesidade, diabetes tipo 2 e outros problemas crônicos. A BBC escreve sobre isso aqui.
Nos EUA e Reino Unido, onde ultraprocessados representam mais de 50% das calorias ingeridas, o estudo atribui até 14% das mortes prematuras a esse padrão alimentar.
Em países como Brasil e Colômbia, onde a ingestão é menor (menos de 20% da dieta), esse número cai para cerca de 4%.
Refrigerantes, sucos artificiais e bebidas adoçadas
Sorvetes e biscoitos industrializados
Pães de forma, molhos prontos e cereais matinais
Produtos cárneos processados: salsichas, nuggets, presuntos, salames
A indústria alimentícia contesta a classificação, alegando que o termo "ultraprocessado" é amplo demais, incluindo alimentos com valor nutricional, como iogurtes e pães enriquecidos.
Alguns especialistas argumentam que o problema pode não ser o processamento em si, mas sim os altos teores de sal, açúcar e gordura, além do baixo valor nutricional de muitos desses produtos.
O governo britânico, por exemplo, declarou que ainda não existem evidências científicas suficientes para vincular o processamento à mortalidade.
Embora mais pesquisas sejam necessárias para consolidar a relação causal entre processamento e mortalidade, a recomendação é clara: reduzir o consumo de ultraprocessados e priorizar alimentos frescos, naturais ou minimamente processados.
Governos e agências de saúde devem:
Reforçar políticas de educação alimentar,
Estabelecer rotulagens mais claras
Regular a composição nutricional desses produtos.
Como equilibrar conveniência, custo e saúde em uma sociedade que vive em ritmo acelerado e cujas prateleiras são dominadas por produtos prontos para o consumo?
É preciso coragem para mudar hábitos e exigir responsabilidade da indústria — mas a recompensa pode ser uma geração mais saudável e longeva.