Primeiros sinais de demência: cinco alertas que exigem atenção imediata

Especialista lista cinco sinais que muitas vezes são confundidos com distração ou estresse, mas podem indicar o início de uma forma rara e silenciosa de demência.

A demência é uma das doenças neurológicas mais graves do século 21. Segundo o Serviço Nacional de Saúde Britânico (NHS), o risco de desenvolver a condição dobra a cada cinco anos após os 65. No entanto, há casos em que ela se manifesta muito antes.

Stuart McGinn, diretor administrativo da Baycroft Care Homes, alerta que identificar precocemente os sinais pode fazer toda a diferença. Ele chama atenção especialmente para a demência frontotemporal (LSD) — um tipo raro que afeta principalmente o comportamento e a fala.

“O LSD costuma ser diagnosticado em pessoas acima dos 45 anos e se desenvolve lentamente, o que pode confundir os médicos, que às vezes a interpretam como esquizofrenia, Alzheimer ou afasia”, explica o especialista.

A seguir, McGinn elenca cinco sinais de alerta que podem indicar o início da doença:

1. Perda de pertences
Perder objetos de forma persistente, especialmente em locais inusitados, pode ser um indicativo. “Quando o controle remoto aparece na geladeira ou os produtos de limpeza no armário da cozinha, isso já merece atenção médica”, explica.

Com o avanço da doença, a pessoa tende a perder a capacidade de planejar, organizar tarefas e manter a concentração.

2. Dificuldades linguísticas
Trocar palavras, esquecer termos simples ou formar frases confusas também são sinais precoces. “Embora seja normal esquecer uma palavra ocasionalmente, a frequência e a troca por palavras aleatórias são sintomas típicos de demência”, destaca McGinn.

3. Problemas de memória
O sintoma mais conhecido e temido. Quando alguém passa a esquecer nomes, fatos recentes ou informações novas de forma recorrente, é essencial buscar avaliação médica.

4. Mudança repentina de humor
Oscilações bruscas de comportamento — da calma à irritação, ou da alegria à apatia — podem indicar alterações neurológicas. “Essas pessoas também podem se tornar mais retraídas ou ansiosas sem motivo aparente”, acrescenta o especialista.

5. Desorientação no tempo e no espaço
Um dos sinais mais preocupantes é perder-se em lugares familiares ou confundir datas e períodos. “O paciente pode se esquecer do caminho de casa ou não distinguir o passado do presente, chegando até a confundir parentes com pessoas de tempos antigos”, adverte McGinn.

O especialista reforça: qualquer combinação desses sintomas exige avaliação médica imediata.

Pesquisas recentes indicam ainda que certos alimentos podem ajudar a proteger o cérebro. Cientistas japoneses descobriram que consumir um produto específico uma vez por semana pode reduzir o risco de demência — e nutricionistas destacam que uma dieta equilibrada é uma das melhores estratégias preventivas.