Caminhar contra o Alzheimer: cientistas revelam quantos passos por dia podem proteger o cérebro

Publicado por: Feed News
05/11/2025 09:00:00
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Caminhar diariamente entre 5 e 7 mil passos pode retardar o declínio cognitivo e proteger o cérebro de alterações associadas ao Alzheimer. / Ideia
Caminhar diariamente entre 5 e 7 mil passos pode retardar o declínio cognitivo e proteger o cérebro de alterações associadas ao Alzheimer. / Ideia

Novo estudo mostra que a simples prática de caminhar pode reduzir o acúmulo de proteínas tóxicas no cérebro e retardar o avanço da doença de Alzheimer.

 

Caminhar é uma das formas mais simples e acessíveis de cuidar da saúde — e agora, a ciência mostra que ela também pode ajudar a proteger o cérebro contra a doença de Alzheimer.

 

Um estudo conduzido por pesquisadores do AdventHealth Research Institute, liderado por Kirk Erickson, presidente do Departamento de Neurociência, revelou que a atividade física moderada, como caminhar entre 3.000 e 7.500 passos por dia, está associada a uma redução significativa do declínio cognitivo em adultos mais velhos com risco aumentado para Alzheimer.

 

Segundo os cientistas, o exercício influencia diretamente proteínas cerebrais envolvidas no desenvolvimento da doença, como a proteína tau, cuja formação de emaranhados é um dos principais marcadores do Alzheimer.

 

Os resultados mostraram que o número de passos diários não afetou os níveis de amilóide, mas teve forte correlação com a quantidade de emaranhados de proteína tau e com a preservação da função cognitiva ao longo dos anos.

 

Entre os participantes com altos níveis de amilóide, aqueles que levavam uma vida mais sedentária apresentaram maior acúmulo de tau e declínio cognitivo acelerado após nove anos. Já os que caminhavam entre 3.001 e 5.000 passos por dia tiveram menor acúmulo de proteínas tóxicas e melhor desempenho mental.

 

O benefício máximo, segundo o estudo, foi observado entre aqueles que mantinham entre 5.000 e 7.500 passos diários. Caminhar além disso não trouxe ganhos adicionais significativos, indicando que a consistência é mais importante do que o excesso.

 

Os pesquisadores afirmam que a caminhada regular pode se tornar uma estratégia simples e eficaz de prevenção, especialmente para pessoas com histórico familiar ou sinais precoces de comprometimento cognitivo.

 

O estudo completo foi publicado na revista científica Translational Sports Medicine e está disponível na plataforma ScienceDirect (link aqui).

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